Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 046

Angiotomografia Espiral no Exame de Shunts Cirurgicos de Congênitos

Carlos J. Feldman, Maria P. R. Rodrigues, Ricardo L. Coirolo, Wilson M. Almeida.

Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul / Fundação Universitária de Cardiologia / S.I.D.I. - Porto Alegre, RS - Brasil.

 

Fundamento: Com a introdução da tomografia computadorizada espiral (TCE), no estudo das cardiopatias congênitas, passou-se a utilizá-la também na avaliação dos shunts, uma das alternativas terapêuticas.

A demonstração de sua patência é fundamental e em muitas circunstâncias é difícil esta avaliação com os métodos clássicos.

Objetivo: Verificar a possibilidade de utilização da TCE na identificação das condições dos shunts, evitando a realização de exames invasivos.

Pacientes e Métodos: Estudamos 5 pacientes entre 5 meses e 17 anos. Dois apresentavam derivações bilaterais do tipo Blalock-Taussing; um portava atresia pulmonar com shunt da aorta para o ramo pulmonar direito, outro interrupção do arco aortico com derivação da aorta ascendente para a descendente e no quinto a derivação era entre o tronco bronquiocefálico e a pulmonar D, existindo arco aórtico à D.

Utilizou-se equipamento espiral da Elscint (Twin), com injeção de contraste em veia periférica. Os cortes tinham superposição de 50% e as imagens foram reconstruídas com programa multiplanar e/ou tridimensional. Todos os estudos foram obtidos em menos do que 32 segundos.

Resultados: Foi possível determinar a exata condição da derivação em todos os casos, contribuindo decisivamente na conduta subseqüente.

Os dados obtidos foram considerados suficientes para a avaliação adequada do tratamento instituido.

Conclusão: Acreditamos que a TCE pode substituir a angiografia nesses pacientes com shunts cirurgicos.