Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 077

Bioprótese de Pericárdio Bovino FISICS- INCOR - 15 Anos

Pablo M. A. Pomerantzeff, Carlos M A Brandão, Max Grinberg, Luís F. Cardoso, Luís B. Puig, Flavio Tarasoutchi, Noedir, A G Soltf, Geraldo Verginelli, Adib Jatene

Instituto do Coração - HCFMUSP, São Paulo - Brasil

 

Objetivo: Avaliação dos resultados da bioprótese de pericárdio bovino FISICS- INCOR após 15 anos de seguimento.

Material e Método: No período de janeiro de 1982 a dezembro de 1995 foram estudadas 2607 PBI implantadas em 2259 pacientes; destes, 1250 (55%) eram do sexo masculino, com idade média de 47,2 +/- 17,5 anos. A principal etiologia das lesões foi a febre reumática em 1031 (45,7%) pacientes. Foram realizadas 1073 (44,8%) substituições da valva aórtica, 1085 (45,3%) mitrais, 195 (8,1%) mitro-aórticas, 27 (1,2%) tricuspídeas, 10 (0,4%) mitro- tricuspídeas, 3 (0,1%) aórtico- tricuspídeas, 1 (0,04%) tricuspídea- pulmonar, 1 (0,04%) mitro- aórtica- tricuspídea e 1 (0,04%) pulmonar. Cirurgia associada foi realizada em 788 (32,9%) pacientes, predominando a plástica da valva tricúspide em 207 (9,2%) pacientes, e a revascularização do miocárdio em 174 (7,7%).

Resultados: A mortalidade hospitalar global foi de 194 (8,6%) pacientes. Na substituição mitral isolada a mortalidade foi de 8,6%, na aórtica 4,7%, e na mitro- aórtica de 12,8%. As taxas linearizadas para os eventos calcificacão, tromboembolismo, rotura e endocardite são respectivamente: 1,1; 0,2; 0,9 e 0,5% pacientes- ano. A curva actuarial de sobrevida é de 49,1 +/- 4,07% em 15 anos, livre de endocardite de 91,9 +/- 2%, livre de tromboembolismo de 95 +/- 1,7%, livre de rotura de 43,7 +/- 19,8%, e livre de calcificacão de 48,8 +/- 7,9% em 15 anos. No pós-operatório tardio 1614 (80,6%) pacientes encontram-se em CF I (NYHA).

Conclusão: Podemos concluir que os pacientes submetidos a implante de bioprótese de pericárdio bovino apresentaram evolução satisfatória.