Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 115

Ventriculectomia Esquerda Parcial Redutora

João Batista M. Moraes, Heidy P. Carvalho, Onofre A. Neto, Elso S. Ferreira, Ricardo Wagner O. Moura, Rogério M. Araujo, Carlos César E. Souza, Ivone N. Gomes, José E. Moraes Dutra, Wilson C. Silveira, Roberto José A. Freire, Copérnico J. Di Ramos Caiado.

Equipe do Coração - Hospital São Francisco de Assis - Goiânia - GO

 

Objetivos: Avaliar os resultados na fase hospitalar da cirurgia de ventriculectomia esquerda parcial redutora - Cirurgia de Randas Batista.

Material e Métodos: No período de outubro/95 a março/97 foram operados 26 pacientes portadores de miocardiopatia dilatada com diversas etiologias empregando o procedimento de Randas Batista. 21 pacientes (81%) eram portadores de mocardiopatia dilatada (chagásica, idiopática e puerperal); Idade variando de 14 a 69 anos M(44,3 anos); predominância do sexo masculino 15 (72%). Insuficiência cardíaca congestiva (ICC): foram classificadas de acordo com a New York Heart Association (NYHA), na internação hospitalar. A cirurgia foi realizada com circulação extracorpórea com pinçamento aórtico intermitente. A indicação cirúrgica foi determinada na classe funcional e na intratabilidade clínica. No ecocardiograma e cateterismo foram avaliados: fração de ejeção (FE), espessura septal, pressão da artéria pulmonar e volume residual diastólico.

Resultados: Foram operados 15(72%) chagásicos, 6 (29%) idiopáticos e 1 (9%) puerperal. A cirurgia constitui de ventriculectomia esquerda parcial, onde foi ressecado fragmentos de 8 cm a 4 cm, M(7,1 cm). Mortalidade operatória de acordo com a classe funcional (CF) IV (0), CF V(29%), CF VI (33%), mortalidade global 24% (5/21). Na avaliação do pós-operatório imediato, através do ecocardiograma e cateterismo cardíaco (5), tivemos melhora na FE, na pressão da artéria pulmonar e no volume diastólico final. Na curva de aprendizado tivemos óbitos na fase inicial e nos últimos 8 pacientes operados não tivemos óbito hospitalar.

Conclusão: A cirurgia de Randas é uma das alternativas no tratamento das miocardiopatias dilatadas em pacientes na fase final, sendo necessário, acompanhamento tardio para uma melhor avaliação.