Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 119

O uso do óxido nítrico e potenciais complicações na avaliação da hipertensão arterial pulmonar em cardiologia pediátrica.

Estela Azeka, José Otávio Auler, Luiz Kajita, Paulo Roberto Camargo, Ana Cristina Aliman, Nana Miura Ikari, Eliza Iwahashi, Julia Fukushima, Miguel Barbero Marcial, Edmar Atik, Munir Ebaid.

Instituto do Coração - HC FMUSP.

 

Fundamento:Óxido nítrico na avaliação de hipertensão arterial pulmonar em cardiologia pediátrica.

Objetivo: O objetivo deste estudo foi de avaliar os efeitos hemodinâmicos do óxido nítrico (NO) em cardiopatias congênitas e adquiridas.

Delineamento: Estudo prospectivo onde avaliou-se a hipertensão arterial pulmonar através de NO e oxigênio.

Pacientes e métodos: 18 pacientes sendo 12 cardiopatias congênitas, 5 cardiomiopatias e 1 portador de hipertensão pulmonar primária. A faixa etária variou de 11 meses a 30 anos (mediana de 31,5 meses). Estes pacientes foram submetidos à inalação com mascara de oxigênio durante 10 minutos e de 20 ppm de NO por 20 minutos para avaliação da hipertensão pulmonar. O estudo hemodinâmico foi realizado para determinar os parâmetros: pressão média de artéria pulmonar, aórtica, atrial direita e esquerda, gradiente transpulmonar (GTP), índice cardíaco, de resistência vascular pulmonar (IRVP) e sistêmico. Medidas foram feitas em condição basal, após inalação de mascára com oxigênio e de NO. diferenças entre as condiçòes foram analisadas, houve diminuição significativa no IRVP e do GTP.

Resultados: Em pacientes com cardiopatias congênitas houve aumento do fluxo pulmonar após O2 (p=0,0089) e após NO (p=0,0019) comparados aos valores basais. a complicação mais importante foi o aumento de congestão pulmonar em três casos após o NO que foi controlada com diuréticos. a produção de dióxido de nitrogênio foi analisada pelo PAC II NO2 e não foi maior que 1 ppm.

Conclusão: O NO demonstrou resposta seletiva vasodilatadora pulmonar, permitindo avaliação do grau de hipertensão arterial pulmonar e deacordo com a resposta auxiliar na seleção do tipo de transplante a ser realizado e em relação às cardiopatias congênitas no tipo de abordagem terapêutica cirúrgica e na manipulação das drogas vasodilatadoras a serem utilizadas após cirurgia.