Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 174

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Fatores prognósticos de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) intra-hospitalar.

Ari Timerman, Rui F. Ramos, Carlos Gun, João M. Rossi Neto, Álvaro Avezum Júnior, Elizabete Silva Santos, Sérgio Timerman, Luis A. Abdalla, A.C.M. Bianco, Ronald B. Freire, Naim Sauaia, Leopoldo S. Piegas, J.Eduardo M.R. Sousa.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. São Paulo. SP.

 

Objetivo: Avaliar os fatores relacionados com prognóstico de RCP em pacientes (p) que sofreram parada cardiorrespiratória (PCR) intra hospitalar.

Materiais e método: Entre 1/02/78 a 28/02/83, 557 p sofreram PCR no IDPC excluídas as ocorridas no centro cirúrgico. Comparou-se as características do grupo de p que sobreviveram por mais de 1 mês (grupo A) com as do que não sobreviveram (grupo B) em especial os fatores que determinaram pior prognóstico.

Resultado: A RCP foi tentada em 536 p dos quais 87 (16,2%) sobreviveram por mais de 1 mês (grupo A). No grupo B houve 449 p (83%). Na análise univariada a idade, local de PCR, modalidade da PCR, doença de base e causa da PCR tiveram valor na análise univariada. Na multivariada somente, doença de base, causa a modalidade de PCR tiveram significância estatística. Os fatores inversamente associados à sobrevivência por mais de 1 mês foram: modalidade PCR - assistolia ou dissociação eletromecânica, doença de base - cardiopatia congênita cianogênica, insuficiência renal crônica ou cor pulmonale crônico, causa - insuficíência miocárdica, AVC ou crise anóxica. Se o p tinha uma característica de cada fator a sobrevivência por mais de 30 dias era zero. Se não possuía nenhuma dessa característica a sobrevivência era de 69% (p < 0,00001).

Conclusões: Os dados apresentados podem fornecer informações úteis aos médicos que tem que decidir quando começar ou quando terminar com os esforços ressuscitatórios dentro de um hospital.