Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 192

Uso de Endo-próteses Coronarianas (Stents) em Lesões Longas.

Alcides J Zago, José C Raudales, Ana M Krepsky, Solano V Berger, Cristina S Finger, Márcia Flores.

Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS.

 

Fundamento: As lesões longas (> de 20 mm) e/ou tipo seqüenciais são um desafio às técnicas da Cardiologia Intervencionista nas artérias coronárias. A angioplastia convencional apresenta resultados imprevisíveis e freqüentemente ocorre dissecção e/ou estenose residual significativa, que limitam o uso do método nessas circunstancias. O surgimento dos Stents constituem uma alternativa muito atraente no tratamento de tais lesões.

Objetivo: Relatar nossa experiência com o uso de Stents coronarianos em lesões longas e/ou seqüenciais.

Delineamento: Trata-se de uma série de casos.

Pacientes: Entre abril/94 e março/97 foram realizados em 200 pacientes (Pc) 267 implantes de Stents em diferentes tipos de lesões, dos quais 98 (36,7%) foram implantados em lesões longas e/ou seqüenciais.

Método: Prévio ao implante das próteses foi realizada pré-dilatação das lesões; em alguns casos foi precedida de aterectomia rotacional em lesões muito longas ou muito calcificadas. O implante e liberação dos Stents seguiram técnica convencional; após de liberada a prótese foi realizado em todos os casos a otimização da expansão das hastes com balões de alta pressão, com pressões de até 14 ATM em toda a extensão do mesmo.

Resultados: O índice de sucesso, definido pelo adequado implante do Stents e a ausência de complicações maiores (IAM, CABG e/ou morte) foi de 95,9% (94 Pc). Houve 04 casos de insucesso: em 3 (3,1%) houve IAM não-fatal (1 por trombose sub-aguda 9 dias após do implante) e em hum houve necessidade de CABG (óbito no PO imediato); todos associados a calcificação maciça e tortuosidade importante do vaso. O índice de restenose foi de 8,2% (8 casos) acontecendo em 168 ± 56 dias.

Conclusão: Os resultados observados com o implante de endo-próteses intra-coronárias (Stents) com força radial adequada em lesões longas, precedidos de aterectomia rotacional (quando possível); são satisfatórios e alentadores; as complicacões aceitáveis e o índice de restenose baixo.