Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 270

Stents Coronarianos: Resultado Imediato, Acompanhamento Clínico e Angiográfico

José A Mangione, Pedro A Beltrão, Rodolfo M Alencar, Décio Salvadori Jr, Adnan A Salman, Marisa F Leal, Roberto S. Pinna

Instituto de Cardiologia de São Paulo, Hospital Santa Paula - SP

Objetivo: Os stents coronarianos (SC) foram idealizados para o controle das complicações durante a angioplastia coronária (ATC) e para diminuir os índices de reestenose. O objetivo foi demonstrar a eficácia dos SC no trata-mento de pacientes (pac.) portadores de insuficiência coronária ( ICO).

Casuística e Método: No período de maio de 95 a março de 97, 129 pac. fo-ram submetidos a implantação de 136 SC. Eram do sexo masculino 69,7%. A idade variou de 35 a 84 (M=59,8± 10,8) anos. O quadro clínico apresenta-do foi: assintomáticos 3,1%, angina estável (AE) 41,9%, angina instável 32,6%, infarto do miocárdio (IAM) 14,7% e 7,7% em situação de emergên-cia (bailout) por complicações após ATC. A morfologia das lesões tratadas foram: A em 5,1%, B1 em 22,8%, B2 em 50%,e C em 22,1%.

Resultado: O implante foi realizado com sucesso em 124 pac.(96,1%). O di-âmetro luminal mínimo médio pré foi 0,82± 0,5mm, pós 3,15± 0,4mm e o di-âmetro de referência 3,24± 0,4mm. O grau de lesão pré foi 88,9± 8,3% e pós 4,6± 8%. As causas de insucesso foram: impossibilidade de passar a lesão em 1pac., óbito em 3(2,2%) e 1 com dissecção arterial após o SC sendo encami-nhado a cirurgia. A oclusão sub-aguda ocorreu em 2 casos (1,5%). O acom-panhamento clínico foi feito 62 pac.(89,9%) entre os 69 que haviam comple-tado 6 meses até esta data. Estão assintomáticos 82,3%, com AE 16,1%, AI 1,6%. Não houve a ocorrência de IAM e 11 pac.(18%) necessitaram nova re-vascularização miocárdica. O controle angiográfico foi realizado em 33 pac. (53%). Observamos reestenose em 8 (24,2%). O Wall stent foi utilizado em 16 pac., dos quais 12 foram reestudados e destes 6 apresentaram reestenose (50%). Com a utilização dos outros SC a reestenose observada foi de 9,5%.

Conclusão: O emprego dos SC mostrou-se eficaz no tratamento da ICO com alto índice de sucesso. No período de acompanhamento, houve controle da sintomatologia em 82,3%, não ocorreram casos de IAM e 82% não necessi-taram nova revascularização miocárdica.