Temas Livres doLIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 281

Propranolol não Aumenta a Prevalência de Prematuros em Gestantes Cardiopatas.

 

Daniel Born, Julio C. Massonetto, Marilda Ferraz, Nelson Sass, Antonio C. Carvalho, Eulogio E. Martinez.

UNIFESP - Escola Paulista de Medicina - São Paulo - SP - Brasil.

Objetivo: Analisar o uso de propranolol em gestações de cardiopatas, suas indicações e repercussões no concepto.

Material e Método: Analisando 66 gestações, de um total de 674 gestações acompanhadas de 1981 a 1995, nas quais foi usado propranolol na dose de 30 a 80mg, analisamos o grau funcional (NYHA) materno, diagnóstico materno e as repercussões no concepto.

Resultados: Observamos uma incidência de 14% de prematuridade, 14% de RN pequenos para idade gestacional e 21% de RN com peso ao nascer menor que 2.500g (valor na poipulação geral da EPM respectivamente sem 22%; 8,3% e 10%). Os diagnósticos maternos eram: estenose mitral = 25, dupla lesão mitral com predomínio de estenose = 10; prótese biológica mitral = 5; reestenose mitral = 14; cardiopatia isquêmica = 1; prolapso de valva mitral = 8; CIV = 1; TPSV = 2. No 1o trimestre, 18,3% das gestantes apresentavam ICC; 66% no 2o trimestre e 25,7% no 3o trimestre. Duas pacientes fizeram uso de digoxina associada; 3 receberam diurético associados. Nenhuma recebeu anticoagulante oral. Neste grupo, 4 pacientes foram submetidas a comissurotomia mitral e 15 a valvuloplastia mitral.

Conclusão: Propranolol na dose utilizada não aumentou a incidência de prematuridade num grupo de gestantes cardiopatas com alta incidência de ICC.