Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 357

Ana Cláudia Petisco, Mercedes Maldonado, Jorge Assef, Simone Santos, Rodrigo Barretto, Orlik Silva Jr, Carlos Jesus, Simone Pedra, Zilda Meneghello,Vera Gimenes, Sergio Pontes Jr.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo-Brasil.

Objetivo: Correlacionar as medidas da área valvar mitral em mulheres (M) portadoras de estenose mitral reumática com indicação para valvoplastia por cateter balão (VPM), realizadas por diferentes métodos da Color Doppler Ecocardiografia Transtorácica(DE): .planimetria, "pressure half time" (PHT), mapeamento do fluxo a cores (PISA)

Material e Métodos: Foram estudadas entre jan/96 e jan/97, mulheres portadoras de estenose mitral com indicação para VPM, em ritmo sinusal através de DE. Realizou-se meidas da área valvar mitral pela planimetria, PHT, e PISA ( com e sem correção do ângulo formado pelos folhetos). A planimetria foi utilizada como padrão-ouro para comparação com os outros métodos.

Resultados: Foram 20M, com idade 37,15 ± 11,6 a, com superfície corpórea 1,43 ± 0,28 m² , índice de átrio esquerdo de 37,2 ± 6,7 mm/m², fração de ejeção do ventrículo esquerdo 0,68 ± 0,6. Havia 1 (5%) M em CF I, 11 em CF II (55%), 6 (30%) em CF III, e 2 (10%) em CF IV. Havia score de Block 9,2 ± 0,91, e regurgitação mitral ausente 6(30%), mínima 7(35%) e discreta 7(35%). As áreas valvares foram pela planimteria, PHT, PISA sem correção, PISA com correção, respectivamente: 1,01 ± 0,21 cm², 1,00 ± 0,18 cm², 1,59± 0,53 cm², 1,01 ± 0,18 cm².O ângulo entre os folhetos variou de 90^o a 160^o. A área valvar mitral pela planimetria foi semelhante ao PHT (p=ns) e PISA com correção (p=ns), e estatisticamente diferente ao PISA sem correção (p,0,001).

Conclusão: Na estenose mitral, diferentes métodos da DE permitem a estimativa da área valvar com resultados semelhantes. No entanto, faz-se necessário observar a importância da angulação formada pelos folhetos quando realiza-se o cálculo pelo PISA