Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 399

Dikran Armaganijan, Marcelo C. Shibata, Clarisse Ogawa, Marcelo F. Sampaio, Valéria Mozetic, Vera Gimenez, Marcia Modesto, Michel Batlouni.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo - SP

Fundamento: Estudos têm demonstrado variabilidade de resultados no valor preditivo do teste ergométrico (TE) e do eco-stress (ES) no diagnóstico da doença arterial coronária em mulheres.

Objetivos: Avaliar a sensibilidade e especificidade do (TE) e (ES) com infusão de dobutamina no diagnóstico da doença arterial coronária em mulheres submetidas a cinecoronariografia.

Delineamento: Estudo prospectivo.

Material: Entre 06/95 e 10/96 foram selecionadas 30 mulheres com idade variável entre 42 e 65 anos (m=53,6 ± 11,4 anos) com suspeita clínica de cardiopatia isquêmica. Segundo os critérios clínicos 76,6% tinham dor atípica e 23,4% dor típica, 16,6% eram diabéticas, 50% hipertensas, 23,3% dislipidêmicas e 26,6% tabagistas. O TE foi realizado pelo protocolo de Bruce e, o ES com infusão crescente de dobutamina IV até 40µg/Kg/min. Ao final do estudo todas foram submetidas a cinecoronariografia.

Métodos: Teste "t" de Student para comparação dos métodos diagnósticos. Significância para p < 0,05.

Resultados: A sensibilidade e a especificidade do TE foi 100% e 64%, respectivamente. A sensibilidade e a especificidade do ES foi 80% e 76% respectivamente. A maior prevalência dos falsos positivos no ES relacionou-se a parede inferior (83,3%).

Conclusão: Apesar da pequena casuística os dados mostram maior sensibilidade do TE e maior especificidade do ES no diagnóstico da doença arterial coronária em mulheres. A elevada prevalência dos falsos positivos no ES relaciona-se a parede inferior o que diminui a especificidade do método. Há necessidade de maior casuística para confirmação dos dados.