Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 409

Uso de oxigênio puro e shunt veno arterial nos oxigenadores de membrana

Mário C J Moraes, Carla Amaral, José R J Dias, Mirian da Glória, Sérgio Lopes, Domingos E J Moraes

Hospital Adventista Silvestre, Rio de Janeiro - RJ

Universidade Federal Fluminense, Niterói - RJ

 

Cinqüenta pacientes com idade de 32 a 82 anos foram submetidos à circulação extracorpórea usando oxigenador de membrana, no qual foi estabelecido um shunt veno-arterial de modo que apenas 40 a 50% do sangue venoso circula pelo oxigenador. O gás usado no oxigenador foi oxigênio puro. Os pacientes foram mantidos com temperatura entre 34 a 36ºC e anestesiados com Fentanil e completa curarização para diminuir o consumo de O2.

A saturação arterial foi mantida em torno de 90% e a saturação venosa em torno de 65 a 75%. Não houve variações importantes no pH e PCO2.

Durante a perfusão a saturação arterial e venosa foi monitorada de modo contínuo por meio de oximetro (oxysat Bentley) e também foram realizados gasometrias cada 20 minutos.

Houve dois óbitos hospitalares não relacionados ao método de perfusão.

Não houve nenhum paciente com disfunção imunológica diagnosticada clinicamente.

Depois disso o sistema foi construído como parte integrante do oxigenador e o aparelho recebeu patente no Brasil.

Conclusões:

O uso de shunt veno-arterial e oxigênio puro nos oxigenadores de membrana pode substituir a mistura gasosa e "blenders" nesses aparelhos e tem como outras vantagens diminuir teoricamente em cerca de 40 a 50% as reações inflamatórias produzidas pelo contato do sangue com a superfície não endotelial dos oxigenadores artificiais.