Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 462

Equivalentes Clínicos Atuais da Categorização de Endocardite Infecciosa em Aguda e Subaguda

Victor S. Issa, Alfredo J Mansur, Shri K. Jayanthi, Julia T. Fukushima, Max Grinberg, Giovanni Bellotti.

Instituto do Coração, HC FMUSP, São Paulo.

 

Objetivos: estudar as características clínicas da endocardite infecciosa definida pelo critério clássico como aguda e subaguda.

Métodos: foram estudados 600 episódios de endocardite infecciosa. A endocardite foi definida como aguda, quando a duração dos sintomas foi de até 6 semanas, e subaguda, quando a duração dos sintomas foi superior a 6 semanas. A análise estatística foi feita com o teste de qui quadrado e "t" de Student (p<0.05).

Resultados: em 368 (61,4%) episódios a endocardite foi aguda, e em 231(38,6%) episódios subaguda. Comparando-se os portadores de endocardite aguda e subaguda, as diferenças foram estatisticamente significantes quanto ao agente etiológico (p < 0,0001) e quanto à localização (p < 0,0001), e não diferiram significativamente com relação a média das idades, sexo, presença de cardiopatia prévia à endocardite, tratamento clínico ou cirúrgico e letalidade.

Conclusão: com base na definição clássica de endocardite aguda e subaguda, a maior parte de casuística foi caracterizada como endocardite aguda. Permanece a diferença quanto à distribuição dos agentes etiológicos. A diferença entre as localizações pode ser relacionada com a diferente distribuição dos agentes etiológicos. As outras características clínicas, incluindo prognóstico, não apresentaram diferença estatisticamente significante. Nossos dados reiteram a propriedade de conceituar a endocardite em função do agente etiológico e localização, ao invés de ter por base a duração dos sintomas.