Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 012

Análise da Ativação Atrial, Através da Morfologia da Onda P, após Ablação do Istmo em Pacientes com Flutter Atrial Tipo I

Jacob Atié, Nilson A. de O. Jr, Edvaldo F. X. Jr., Washington A. Maciel, Hécio A. C. Fo, Luiz Eduardo M. Camanho, Eduardo M. Andréa, Luiz Gustavo B. de Moraes.

 

Hospital Universitário-UFRJ e Clínica São Vicente. Rio de Janeiro-RJ

Fundamento:Inicialmente o critério para término da ablação por radiofrequência (RF) em pacientes com Flutter Atrial Tipo I (FLA) era a não reindutibilidade do FLA pela estimulação atrial programada. Posteriormente passou-se a registrar a sequência de ativação atrial com múltiplos cateteres em átrio direito, durante estimulação atrial baixa, comprovando-se bloqueio bidirecional a nível do istmo atrial direito (IAD). Esta estimulação apresenta diferentes morfologias de onda P antes e após a RF.

Objetivos: Validar a alteração morfológica da onda P (positivação em DII,DIII e aVF) durante estimulação em átrio direito baixo (ADB), observada após RF em pacientes com FLA, como método eficaz para comprovar-se produção de bloqueio efetivo a nível do IAD.

Pacientes: De 86 pt submetidos a RF para tratamento de Flutter Atrial, 13 pt consecutivos tiveram a alteração da onda P como critério para término do procedimento.

Métodos: A metodolgia da Ablação consistia na produção de 1,2 ou 3 "linhas de barreira" entre o anel tricúspide e cava inferior, o anel tricúspide e o seio coronariano, e entre o seio coronariano e a cava inferior. Antes e após a criação de cada linha.avaliava-se a morfologia da onda P e a sequência de ativação atrial durante estimulação em ADB. O follow-up foi de 15 dias a 5 meses, sem uso de drogas antiarrítmicas.

Resultados:Em todos os 13 pt foi possível observar a mudança de polaridade da onda P, passando a isodifásica ou positiva, que coincidia com a mudança do sentido de ativação elétrica intra-cavitário, passando a apresentar rotação horária, confirmando o bloqueio a nível do IAD. No follow-up não foi observado recidiva da arritmia.

Conclusão: 1- A positivação da onda P parece ser um critério indicativo de bloqueio efetivo do IAD. 2- Sucesso imediato e a curto prazo foi de 100% com esta metodologia