Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 021

Insuficiência Cardíaca por Cardiomiopatia Dilatada Idiopática ou por Cardiopatia Isquêmica: Análise do Polimorfismo I/D do Gene da Enzima de Conversão da Angiotensina I (ECA)

Marco AR Cuoco, José E Krieger, Alfredo J Mansur, Humberto Freitas, Edimar Bocchi, Cristiane Lizum, Creuza MR dal Bó, Giovanni Bellotti, F Pileggi. Instituto do Coração, São Paulo, SP

Objetivos: avaliar a distribuição do polimorfismo I/D do gene da ECA em portadores de insuficiência cardíaca por cardiomiopatia dilatada idiopática ou de etiologia isquêmica.

Casuística e Métodos: foram estudados 96 portadores de insuficiência cardíaca, de idades entre 16 e 63 (43,7 + 10,9) anos, 78 (81,3%) homens e 18 (18,7%) mulheres. A média da fração de ejeção no ecocardiograma foi 36,5 + 6,7%. Cardiomiopatia idiopática ocorreu em 65 (67,7%) doentes e a cardiopatia isquêmica em 31 (32,3%). A determinação dos genótipos foi feita pela reação da polimerase em cadeia, seguida da eletroforese de gel de agarose a partir do DNA extraído de leucócitos do sangue periférico. A análise estatística foi feita pelo teste de Fisher (bi-caudal).

Resultados: a distribuição dos genótipos foi

Cardiopatia genótipo DD genótipo DI genótipo II Total
Idiopática 30 (46,1%) 33 (50,8%) 2 (3,1%) 65
Isquêmica 14 (45,2%) 14 (45,2%) 3 (9,6%) 31

A comparação das distribuições com o emprego do teste de Fischer revelou que a diferença não foi estatisticamente significante (p=0,473).

Conclusão: na amostra estudada não se detectou diferença na distribuição do genótipo da enzima de conversão da angiotensina I entre os portadores de cardiomiopatia dilatada idiopática e cardiopatia isquêmica.