Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 028

Januário de Andrade, Ceci M.C. Lopes, Zilda M. Meneghelo , Michel Batlouni, J. Eduardo M.R. Sousa

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Faculdade de Saúde Pública USP

Objetivo: Entre 1975 e 1996, 215 gestantes com prótese cardíaca metálica foram acompanhadas bem como seus recém-nascidos (RN).

Delineamento: 215 gestantes com idades variando de 16 a 42 anos foram acompanhadas usando Fenprocumon, conforme protocolo, sendo que o tempo de implante da prótese variou de 6 a 10 anos. Foi necessário a troca da prótese de Starr-Edwards em 2 casos , 36 casos de aborto , 30 casos de parto prematuro, 10 casos de placenta prévia, 6 casos de sangramento genital materno, e 5 casos de fibrilação atrial. Durante o parto ocorreu 6 casos de taquicardia atrial paroxística, sendo que em 10 mulheres ocorreu óbito materno. Cerca de 80% dos partos foram cesária e todas as pacientes foram submetidas a laqueadura tubárea. O peso dos RN variou de 2.300 a 2.750 e 60% destes foram mulheres. Ocorreram apenas 2 casos de síndrome Warfarínico fetal.

Conclusão: Os autores concluem que, a gravidez nesse tipo de paciente é de alto risco e deve ser evitada, especialmente após 10 anos de implante da prótese. As principais complicações foram: aborto, parto prematuro com RN de baixo peso e sangramento materno-fetal.