Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 031

Fatores de Risco para novo Episódio de Endocardite, Intervenção Cirúrgica Cardíaca e Óbito na Evolução Tardia depois do Tratamento da Endocardite Infecciosa

Alfredo J. Mansur, Creusa MR dal Bó, Júlia Fukushima, Vitor S. Issa, M Grinberg, G Bellotti.

Instituto do Coração, S Paulo

 

Objetivos: avaliar os fatores de risco de novo episódio de endocardite infecciosa, de intervenção cirúrgica cardíaca, ou de óbito depois da alta hospitalar em doentes que sofreram endocardite infecciosa

Métodos: foi estudada a evolução depois da alta hospitalar de 420 doentes. As idades variaram de 2 meses a 83 anos (média 34,16 + 17,21 anos), 270 (64,3%) eram homens e 150 (35,7%) mulheres. A informação do seguimento foi obtida em 392 (93,3%) doentes; a duração média do seguimento foi 73,9+ 52,5 meses; e o tempo máximo de seguimento foi 17 anos. A infecção acometeu valva natural em 329 (78,3%) doentes e prótese valvar em 91 (21,7%). Na fase aguda da doença, 149 (35,5%) doentes receberam tratamento cirúrgico associado. Estimadas as probabilidade de sobrevida (Kaplan Meier), foram examinados os fatores de risco e a razão de risco (RR) (regressão de Cox).

Resultados: os fatores de risco para nova endocardite foram o aumento da idade (RR=1,02) e o sexo masculino (RR=1,61); para intervenção cirúrgica cardíaca foram a repetição da endocardite (RR=1,62) e a infecção em prótese valvar (RR=1,61) e para óbito foram o aumento da idade (RR=1,03) e o novo episódio de endocardite (RR=2,06).

Conclusões: a ocorrência de novo episódio de endocardite infecciosa foi o fator de risco mais importante para intervenção cirúrgica cardíaca e óbito na evolução tardia depois da alta hospitalar em doentes que sofreram endocardite infecciosa.