Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 036

Cateterismo Intervencionista Pediátrico não Usual.

Antonio C. Carvalho, Celia Silva, Antonio S. Tebexreni, Elaine Sclearuc, Dirceu R. Almeida, João Lourenço Herrmann, Valter C. Lima.

Escola Paulista de Medicina- UNIFESP - São Paulo - SP - Brasil.

 

Fundamento: Cateterismo intervencionista em crianças com peculiaridades anatômicas ou em pts com instabilidade hemodinâmica.

Objetivo: Apresentar 8 intervenções terapêuticas especiais.

Casuística: 8 casos não usuais.

Resultados: 1º estenose pulmonar e insuficiência tricúspide com ICC; submetido a 2 intervenções sem sucesso pela femoral, optou-se por dilatação a partir da jugular D com dilatação valvar e queda do gradiente transvalvar de 83 para 15mmHg. 2º Tetralogia de Fallot com trombose aguda no pós operatório imediato de Blalock Taussig modificado. Submetido a trombólise, no cateterismo, com estreptoquinase (2000 UI/kg), com sucesso imediato e manutenção de patência a posteriori. 3º dupla via de VE em pós-operatório de bicavo-pulmonar persistiu com fluxo do VE para a pulmonar e ICC direita grave. A fístula foi ocluida com umbrella no cateterismo com sucesso. Houve diminuição imediata de pressão de TP e VCS de 19.0 para 7.4mmHg. 4º TGA submetida a cirurgia de Senning. No pós-operatório imediato evoluiu com ICC direita, severa. Submetido a dilatação de estenose na junção cava inferior átrio-venoso apresentou rápida recuperação da ICC. 5º fístula arteriovenosa pulmonar expressa por cianose intensa. Realizada embolização dos trajetos fístulosos em dois cateterismos consecutivos com salto da oximetria arterial de 65% para 91% e desaparecimento do sopro contínuo. 6º fístula de seio de Valsalva esquerdo para VD: feito embolização com balões e molas com desaparecimento do sopro contínuo. 7o e 8o - Pacientes com prótese tricúspide pós Ebstein e com estenose aórtica severa, ambos em grave baixo débito cardíaco. Feito dilatação da prótese e da válvula aórtica com sucesso, com posterior encaminhamento eletivo para cirurgia.

Conclusões: O cateterismo intervencionista constitui um eficiente e seguro recurso terapêutico, evitando reoperações em pacientes instáveis e servindo de "ponte" para cirurgias eletivas.