Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 039

Antonio Tebexreni, Célia M. Silva, Valter Lima, Márcia Tosi, Vitor Oporto, Antonio C. Carvalho

Escola Paulista de Medicina - UNIFESP - São Paulo - Brasil

Objetivo: Verificar as complicações decorrentes da punção arterial em crianças menores de 5 anos devido às maiores dificuldades técnicas nesta faixa etária.

Material e Métodos: Estudamos 109 crianças submetidas a cateterismo cardíaco através de punção arterial para verificarmos as complicações imediatas decorrentes da técnica. A idade média foi de 22.4 meses (1 dia a 5 anos) e o peso médio foi de 9.3 kg. O tempo médio do exame completo foi de 121 minutos. O cateterismo foi realizado através da artéria femoral direita em 98% das vezes sendo que em 2% houve necessidade de cateterismo arterial bilateral. Os introdutores utilizados variaram de números 4 a 7 com uma média de 2.7 cateteres/pacientes.

Resultados: Não houve impossibilidade de realização do exame em nenhum caso; o tempo para se obter a artéria variou de instantâneo (primeira tentativa) a 3 horas, havendo um único caso em que houve necessidade de um segundo exame para realização do cat arterial. Hematomas ocorreram em 12% da casuística. Houve necessidade de transfusão sanguínea após o cat em 5 casos. Perda de pulso ocorreu em apenas 5 pts, ocorrendo insuficiência vascular em 2 casos, um com resolução clínica após 72 horas e o outro necessitando exploração vascular cirúrgica com resolução do quadro. Insuficiência vascular clínica, evidente, no retorno ambulatorial, não ocorreu em nenhum caso.

Conclusões: O cateterismo arterial em crianças com baixo peso pode ser realizado por punção sem maiores complicações, não havendo razões para se evitar o cat arterial nesta faixa etária. O material técnico atualmente disponível permite a obtenção de resultados semelhantes aos obtidos em crianças maiores.