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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de CardiologiaTL 045 Utilização de Mioglobina Sérica no Diagnóstico Precoce do Infarto do Miocárdio Relacionado a Cirurgia de Revascularização do Miocárdio. Geraldo Gonçalves, Ralph Strattner, Ana Sampaio, Gustavo Faissol, Felipe Saddy, Marcelo Gomes. Centro de Tratamento Intensivo - Clínica São Vicente - Rio de Janeiro - R.J.
Revisão: O diagnóstico do infarto do miocárdio perioperatório (IMP) é baseado em dados enzimáticos, eletrocardiográficos e ecocardiográficos. Estudos tem demonstrado a utilidade da mioglobina (MG) no diagnóstico precoce do IM. A utilização de mioglobina em revascularização miocárdica (RM) não foi bem avaliado até o momento. Objetivos: Avaliar a evolução dos níveis de MG em pacientes submetidos a RM comparando-os aos níveis de CPK e CPKmb no diagnóstico do IMP e correlacionando-os a dados pré, per e pós-operatórios. Material e métodos: Avaliamos prospectivamente 60 pacientes submetidos a RM eletiva. Realizamos dosagens simultâneas de MG, CPK e CPKmb com 30min,1h,2h,3h,4h,5h,6h,12h e 24h de pós-operatório. O diagnóstico de IMP foi feito com pelo menos 2 dos seguintes critérios: elevação CPKmb, nova onda q (ECG) e nova área hipo ou acinética (ECO). Resultados: Idade média: 60 anos, sendo 40 homens e 20 mulheres, tempo médio CEC: 78min e ocorreram 4 casos de IMP (6,6%). O nível de MG foi de 228 a 262 m g/L sem IMP e de 384 a 879m g/L com IMP. Os pacientes que sofreram IMP apresentaram significativa elevação dos níveis médios de MG quando comparados aqueles sem IMP a partir da 3a hora de pós-operatório (p<0,05). Os níveis de CPK e CPKmb elevaram-se significativamente em IMP em relação aos sem IMP a partir da 5a hora (p<0,05). Não houve diferençca quando considerados: sexo, idade e tempo de CEC. Conclusões: Os níveis médios de MG se mantém entre 228 a 262m g/L em pacientes submetidos a RM sem IMP nas 1as 24h. Ocorre elevação significativa de MG no IMP a partir da 3a hora. CPK e CPKmb elevam-se a partir da 5a hora indicando ser a MG mais precoce. A precocidade e a não relação com a lesão miocárdica imposta pela CEC torna a MG útil no diagnóstico do PMI. |