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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 049Efeito Anti-Inflamatório da Aspirina na Isquemia Miocárdica Aguda Experimental Antonio Carlos P. Chagas, Carlos V. Serrano Jr., Margareth Venturinelli, Leonora Loppnow, Protasio L. da Luz Instituto do Coração e FPS Hemocentro, HCFMUSP, São Paulo, SP
Fundamentos. A ação benéfica da aspirina na isquemia miocárdica aguda tem sido atribuída aos seus efeitos anti-trombóticos, entretanto suas propriedades anti-inflamatórias não foram completamente esclarecidas. Objetivo. Estudar o efeito da aspirina (ASP) na expressão celular de CD11b e produção de superóxido (SO) de neutrófilos (PMNs) indicadores de atividade neutrofílica durante infarto do miocárdio (IM) experimental seguido de reperfusão (RP). Material e Métodos. Cães anestesiados foram submetidos a 60 min de IM (oclusão de ADA) seguido de 30 min de RP. Cães foram pré-tratados com 500mg de ASP (n=9), dose verificada para inibir agregação plaquetária, e foram comparadas com cães sem ASP (CT, n=9). Determinou-se, para os 2 grupos, a área miocárdica risco/infarto, a expressão de CD11b e a produção de SO de PMNs estimulados ex vivo. Amostras sangüíneas foram coletadas do seio coronário antes da oclusão coronária e 1, 5, e 30 min após a RP. Resultados. Ver tabela. A produção de SO de PMNs estimulados ex vivo diminuiu significativamente indicando ativação in vivo. Cães ASP e CT apresentaram áreas de IM (% área de risco) semelhantes 35± 1% e 38± 4%, respectivamente. *p£ 0,01, vs pré-oclusão; p£ 0,04, CT vs ASP.
Conclusão. ASP impediu os aumentos da expressão de CD11b e produção de SO de PMNs sem limitar o tamanho do IM. Assim, além do efeito anti-trombótico, ASP possui um efeito anti-inflamatório neste modelo de IM. |