Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 059

Fernando Nobre, Nereira K. C. Lima, Sálua I. J. Miranda, José A. Marin Neto.

Divisão Cardiologia, Unidade Hipertensão, FMRP, USP, Ribeirão Preto, SP.

Objetivo: Avaliar a utilidade da MAPA na prática clínica em duas indicações comumente praticadas por clínicos que se valem do exame como método propedêutico em cardiologia.

Material e Métodos: Avaliamos durante o período compreendido entre 1º de agosto e 30 de outubro de 1995, 88 (oitenta e oito) exames, objetivando analisar qual a contribuição para o médico que o solicitara. Todos os pacientes foram submetidos à MAPA utilizando-se equipamento SpaceLabs, modelo 90207.

Resultados: Dos 88 exames analisados, 45 (51,1 %) foram realizados com fins diagnósticos (de acordo com encaminhamento do médico solicitante), caracterizando o Grupo A (GA), enquanto que os outros 43, para avaliação de eficácia da terapêutica em uso, Grupo B (GB). No GA encontramos 19 (42,2 %) de exames com comportamento tensional de 24 horas alterado, enquanto que os demais apresentaram-se dentro dos padrões de normalidade. Quanto ao GB, no qual havia dúvidas quanto ao controle tensional, os resultados da MAPA mostraram que em 21 deles (48,9 %) foi confirmado o não controle pressórico e consequentemente em outros 22 (51,1 %) a terapêutica era eficaz.

Conclusões: A MAPA, pela análise destes 88 exames referidos, para avaliação diagnóstica (45) ou para análise da eficácia terapêutica (43), mostrou que pôde colaborar na prática clínica confirmando alterações tensionais em 19 pacientes (42,2 %) e excluindo-as, portanto, em outros 26 (57,8 %). Quanto ao efetivo controle da pressão com o tratamento em curso, em 51,1 % deles ficou esclarecido que a impressão clínica de não controle tensional era infundada, já que mostraram adequado comportamento pressórico.