Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 060

Correlação da variabilidade tensional com a presença de hipertrofia ventricular esquerda na Hipertensão Arterial Sistêmica

Lílian S. da Costa, Marcelo I. Bittencourt, Gustavo T. Marins, João Carlos Tress, Cantidio Drumond Neto, Jorge Moll Filho

Sexta Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro - RJ

Laboratório LABS - Rio de Janeiro - RJ

 

Fundamento- A presença de hipertrofia ventricular esquerda (HVE) ao ecocardiograma (ECO) tem sido correlacionada a maior variabilidade tensional demonstrada pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) como demonstrou Deepak L. Bhatt e Thomas G. Pickering (Blood Pressure Monitoring, 1996; Oct vol 1; 415-24).

Objetivo- Determinar a correlação dos níveis de pressão arterial (PA) e variabilidade tensional com os dados de geometria do VE ao ECO.

Delineamento- Estudo retrospectivo de 200 exames de MAPA realizados no ambulatório de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) durante o ano 1996.

Paciente- Foram avaliados 200 pacientes que pertenciam ao cadastro de investigação de HAS. Não incluiu-se pacientes normotensos (pelos critérios Joint V) ou em uso de medicação com ação cardiovascular.

Métodos- O exame de MAPA foi realizado pelo método auscultatório durante atividades habituais, com avaliação da média tensional, carga pressórica e variabilidades sistólica e diastólica nas 24 horas e, separadamente, nos períodos de vigília e sono. ECO com avaliação de massa VE e de espessuras (septo interventricular e parede livre do VE) foi realizado num período máximo de 10 dias entre os 2 exames.

Resultados- Observamos como dados significativos estatisticamente: maior nível PA sistólica e diastólica em vigília nos pacientes hipertensos com HVE em relação aos hipertensos sem HVE; maior incidência de elevação da PA no consultório e maior exarcebação da elevação matutina dos níveis tensionais em pacientes hipertensos com HVE.

Conclusão- A presença de HVE é associada como fator independente de risco cardiovascular e pode apresentar-se com grande correlação a elevada variabilidade tensional através da MAPA com dados peculiares de importante fator prognóstico no paciente portador de HAS.