Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 069

Angio-Ressonância Tridimensional das Artérias Carótidas: Uma Nova Forma de Explorar Estas Artérias.

Rodrigo Barretto, Ibraim Pinto, Ieda Bosísio, Pedro Puech Leão, Ricardo Pavanello, Manoel Cano, Simone Santos, Amanda Sousa, J. Eduardo Sousa.

Hospital do Coração, ASS, São Paulo, SP.

 

Fundamento: A angio-ressonância convencional de carótidas explora adequadamente um grande número de pacientes com esta patologia. Contudo, ela promove algum grau de superestimação da gravidade da obstrução, o que limita sua utilidade. Isto estimulou o desenvolvimento de novas formas de explorar estes vasos, ainda não estudadas.

Objetivo: Validar novas formas de reconstrução vascular para o estudo como forma suficientes para uma exploração adequada das artérias do pescoço.

Delineamento: Estudo prospectivo, consecutivo.

Pacientes: Avaliamos prospectivamente 70 pacientes com suspeita de lesâo carotídea.

Métodos: A ressonância compreendeu séries spin eco e gradiente eco. Em todos foi realizada a reconstrução tridimensional, para calcular o diâmetro mínimo da luz. O mesmo tipo de imagem definia o diâmetro de referência nas porções normais do vasos. A relação entre estes dois parâmetros fornecia o valor do diâmetro de estesnose. Em todos os casos a angiografia digital foi feita, buscando-se definir os mesmos índices de gravidade da estenose.

Resultados: Os 2 métodos encontraram estenoses em 36 pacientes. O tempo de realização da ressonância foi de 9,2 ± 3,5 min e o tempo médio de reconstrução 12,5 ± 4,2 min. Não foi necessário o uso de contraste para a realização da angio ressonância, em nehum caso. O diâmetro de referência médio era de 7,8 mm pela angio ressonância e 7,15 mm pela angiografia digital. O diâmetro mínimo da luz era 1,25mm no grupo I e 1,45 mm no GII(p=ns). O percentual de estenose era 78,3 ± 7,5 % pela angio-ressonância e 80,01 % pela angiografia digital. A correlação entre os dois exames foi de 0,864. A angiografia digital documentou cálcio em 17 e trombo em 5. A angio ressonância encontrou cácio em 16 e trombo em 5P

Conclusão: A angio-ressonância explora de maneira adequada pacientes com lesões carotídeas, estimando a gravidade das mesmas e avaliando suas características morfológicas.