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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 070
Evolução Clínica em Pacientes com Cintilografia Miocárdica sem Isquemia após
Angioplastia Coronária
W. M. C Coelho, H. A. R. Yokoyama, N. C. S. Machado, F. C. Pivateli, S. L. Chuquer,
J. Cury Júnior, A. J. Bellini, E. Paiva, S. A. C. Garzon, J. L. B Jacob.
Instituto de Moléstias Cardiovasculares - São José do Rio Preto - SP.
Objetivo: determinar o prognóstico a longo prazo em pacientes com cintilografia
miocárdica sem isquemia após angioplastia coronária.
Material e Métodos: entre jan. e dez. de 1993, 201 artérias em 183 pacientes
foram tratadas por angioplastia coronária com sucesso em nossa instituição. Todos foram
submetidos a uma cintilografia miocárdica de perfusão (CMP) utilizando como
radiofármaco o Sestamibi, num período médio de 4,16 + 3,82 meses. Eram 132 homens com
idade média de 57,6 + 10,2 anos. Cinquenta e seis pacientes (30,6%) apresentaram infarto
prévio a angioplastia. Apenas 12 (6,5%) não fizeram uso regular de antiagregante
plaquetário (aspirina) regularmente após o procedimento. A fração de ejeção média
do ventrículo esquerdo, analisada pelo ecocardiograma, modo M (cubo), foi de 76,6 + 7,9.
Dezoito pacientes (9,8%) eram multiarteriais.
Resultados: 151 pacientes apresentaram CMP sem isquemia, dos quais apenas 9
(1,6%) foram submetidos a nova intervenção percutânea, cirurgia ou faleceram num
período médio de seguimento de 31,03 + 12,24 meses. Dos 32 pacientes com CMP com
isquemia, 23 (71,8%) sofreram novo procedimento percutâneo ou cirurgia, ou foram a óbito
no mesmo seguimento médio de acompanhamento (p<0,001). Não houve diferença
significativa quanto a presença de isquemia entre os pacientes uni ou multiarteriais.
Conclusão: os pacientes com CMP realizada num período médio de 4 meses após
angioplastia coronária, sem evidência de isquemia, têm um excelente prognóstico a
longo prazo com relação a necessidade de nova intervenção percutânea ou cirurgia
coronária e uma baixa probabilidade de óbito cardiovascular.
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