Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 080

Alfredo J Mansur, Júlia T Fukushima, Creusa MR Dal Bó, Vitor S. Issa, Max Grinberg, Giovanni Bellotti.

Instituto do Coração, São Paulo, SP

Objetivos: comparar fatores de prognóstico hospitalar e tardio de portadores de endocardite infecciosa.

Métodos: foram estudados 513 doentes que sofreram endocardite infecciosa. As idades variaram de 2 meses a 83 (34,5+17,8) anos, 333 (65%) eram homens e 180 (35%) mulheres. Óbito ocorreu na fase hospitalar em 121 (23,6%) doentes, e na evolução em 98 (19,1%) .

Os fatores prognósticos foram examinados por meio da análise de correspondência. Foram estudadas variáveis demográficas, da história clínica, do exame físico, e das complicações. Foi feito o mapeamento dos fatores de risco associados com a mortalidade hospitalar e tardia de cada grupo de variáveis, e a seguir construídos dois escores de cada grupo de variáveis. Os oito escores assim obtidos foram submetidos a análise fatorial, que permite o exame das informações em plano bidimensional.

Resultados: a) a análise fatorial permitiu dois fatores para resumir adequadamente a estrutura de correlação observada; b) a distribuição das nuvens correspondentes à mortalidade revelou separação entre os óbitos hospitalares e tardios (Fig 1); c) a sobreposição da nuvem correspondente aos doentes que não morreram não permitiu discriminar este grupo (Fig. 2).

Conclusões: nossos dados permitem sugerir que os fatores que influem na letalidade hospitalar de doentes que sofrem endocardite infecciosa diferem dos fatores que influem sobre o óbito tardio