Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL087

Cesar Grupi, Silvana Bastos, Sílvio Barbosa, Eduardo Sosa, Paulo Moffa, Fúlvo Pillegi

Instituto do Coração (InCor) FM USP

A dispersão do intervalo QT (D QT) medida no ECG convencional tem sido utilizada como marcador de suceptibilidade para arritmias ventriculares em diversas situações clínicas, porém seu valor é ainda controvertido.

Objetivo: Comparar o valor da D QT em pacientes com taquicardia ventricular sustentada (TVS) espontânea, induzidas e não induzidas no estudo eletrofisiológico (EFH) e em pacientes sem TVS espontânea.

Casuística: Foram estudados 49 pacientes (pts), 34 masculinos, idade de 9 a 69 anos (média = 48 anos), distribuidos nos seguintes grupos: GRUPO A: sem cardiopatia e sem TVS espontânea; GRUPO B: com cardiopatia e TVS espontânea subdividido em B1: com TVS induzida e B2: sem TVS induzida.

Métodos: A D QT foi medida imediatamente antes do EFH, em registro de ECG de 12 derivações simultâneas, com 50 mm/s e 20 mm/mV. Foi feita a identificação direta do maior e menor intervalo QT e medida da diferença em placa digitalizadora de 1000 ppp., com concordância de dois examinadores. A análise estatística foi feita através de métodos não paramétricos (Kruskal-Wallis, de Dunn e Mann-Whitney).

Conclusões: Não se observou diferença estatistística entre os grupos. A medida da D QT, feita no ECG de 12 derivações, não foi eficaz para identificar pts com riscos diferentes de desenvolver TVS.