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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 092Fatores de risco coronário em atletas deficientes de elite Japy A Oliveira F.º, Silvia H Covre, Xiomara M Salvetti, Simone S Alves, Antônio C Silva, Sérgio Tufik UNIFESP - Escola Paulista de Medicina, São Paulo - SP.
Fundamentos: Em geral, fatores de risco coronário (FRC) tem baixa prevalência em populações com prática constante de exercícios físicos . Objetivo: Verificar a prevalência de FRC em atletas deficientes de elite (ADE) selecionados para as Para-Olimpíadas de Atlanta (1996). Delineamento: Série de casos consecutivos. Pacientes: 79 ADE (48 deficientes físicos, 12 deficientes visuais, 19 paralisia cerebral), idade média de 27 anos (15 a 49 anos), 59 homens, 20 mulheres, várias modalidades esportivas; atletas com outras profissões definidas, 64 ADE (81%). Métodos: Avaliação clínica e exames laboratoriais (colesterol total e frações, triglicérides e glicemia de jejum); escore de risco (American Heart Association); diagnóstico nutricional pelo IMC (Garrow - OMS) Resultados: Tabagismo 8 ADE (10%) (1 ADE ex-fumante; 5 ADE,< 10 cigarros diários; 1 ADE, 10-20 cigarros diários) ; atividade física intensa 5 ADE (6%), moderada 74 ADE (94%); antecedentes familiares de doença coronária, 12 ADE (15%); hipertensão arterial, 2 ADE (3%); diabetes mellitus, 0 (0%); obesidade grau I, 10 ADE (13%), grau II , 3 ADE (4%), hipercolesterolemia, 3 ADE (4%), LDL hipercolesterolemia, 2 ADE ( 3%) hipertrigliceridemia, 1 ADE (1%). Fatores de Risco: 1 FRC, 28 ADE (35%); 2 FRC, 1 ADE (1%); 3 FRC, (0%); 4 FRC, 1 ADE (1%); ausência de FRC, 49 ADE (63%). Escore de Risco: ausência de risco, 56 ADE (70%); risco potencial, 12 ADE (15%); risco moderado,2 ADE (3%); risco não avaliável, 9 ADE (12%). Causas de risco não avaliável: ADE com amputação de membros (6), desconhecimento dos familiares (2), falta de dados (1). Conclusão: Os autores relatam a prevalência de FRC em 37% dos ADE, destacando obesidade grau I, antecedentes coronários familiares e tabagismo. O escore de risco (AHA) mostrou risco potencial em 15%, risco moderado em 3% dos ADE e ausência de risco em 70% dos ADE estudados. |