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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 094Sobrevida de pacientes submetidos a amputação de extremidades (AE) como conseqüência de arterioesclerose. David Spichler, Ethel Spichler, Laércio J. Franco, Ines Lessa Instituto de Saúde Coletiva, UFBA; Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil.
Fundamento: A arterioesclerose de extremidades é uma importante causa de morbidade na população de países desenvolvidos. No Brasil não há dados epidemiológicos sobre as mesmas. Objetivo: determinar a sobrevida de pacientes submetidos a AE em decorrência de arterioesclerose. Métodos:Coorte retrospectiva, abrangendo todos os pacientes submetidos a AE (1990-1994), decorrente de arterioesclerose, CID 440.2-440.3, 9a revisão.Utilizadas todas as fontes de dados existentes para localização dos casos de AE, Região Metroplolitana do RJ;2) revisão de todos os óbitos (n@ 332000) do Estado do RJ, para identificação dos AE que faleceram no mesmo período. Sobrevida calculada para período de 4 anos. Análise: método atuarial; c 2 de Mantel para comparação das taxas entre os sexos. Resultados: De 1734 AE, 888 (51,2%) foram pelos códigos em estudo e destes, 866 (97,5%) foram estudados: 501 homens (57,8%) e 365 mulheres. Óbitos pela causa=27; por outras causas = 169. A média de idade dos sobreviventes foi de 65,6± 19,5 anos para mulheres e 59,5± 18,8 para os homens (p<0,05); dos que faleceram: homens, 57,8 anos e mulheres, 82 anos. Esta última está superestimada em razão do reduzido número de mulheres falecidas e pela inclusão de um óbito aos 104 anos. A tabela mostra o resultado sumarizado da sobrevida cumulada em 4 anos.
c 2=6,04; p<0,001 Conclusão: A arterioesclerose de extremidades é importante causa de AE e provavelmente de aposentadoria precoce por invalidez e pensão prematura, inferida pela média de idade dos homens. Homens submetem-se a amputação e morrem mais precocemente do que mulheres. |