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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 097Avaliação Cardiovascular dos profissionais de saúde do serviço de emergência de um hospital terciário. Maria Angela M. Q. Carreira, Amália F. dos Reis, César Subieta, Bianca G. Bastos, Luiz J. M. Romêo, Eduardo Nani. Hospital Universitário Antônio Pedro-UFF
Fundamentos : O setor de Emergência (SE) de um hospital de grande porte é, reconhecidamente, um ambiente de alto grau de stress para o profissional de saúde. Embora seja reconhecido como iniciador de eventos coronarianos e fator de risco associado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV), o papel do stress como fator isolado ainda é controverso. Objetivos: Avaliar a importância do stress no ambiente de trabalho como fator de risco isolado e traçar o perfil destes profissionais de saúde em relação a incidência de DCV e sua associação com outros fatores de risco. Material e Métodos: Foram avaliados 59 profissionais (18 homens), com idade média de 40,7 ± 8,5 anos, com plantões regulares no SE entre médicos (11), enfermeiros (7), auxiliares e técnicos de enfermagem (31),assistentes sociais (7) e auxiliares administrativos (3), através de questionário padrão, exame físico, Rx de tórax ( PA e perfil), ECG de repouso de 12 derivações e teste de esforço (TE) utilizando protocolo de Bruce. Resultados: HAS ( PA sist>140 e/ou PA diast>90) foi diagnosticada em 16,94%, sendo que 50 % sem diagnóstico prévio . No grupo de hipertensos 80% apresentou resposta hipertensiva ao esforço, fato este só observado em 20,33 % dos normotensos. Nenhum TE apresentou critério para o diagnóstico de isquemia miocárdica. O Rx de tórax detectou 1 caso de tuberculose pulmonar em atividade e 1 nódulo pulmonar em tabagista de longa data. O ECG basal não mostrou alterações relevantes Nos que relataram HF de HAS e que apresentaram PA normal observamos uma melhor aptidão física (88,82%), que no grupo que desenvolveu HAS reativa ou basal (47,31%). Conclusões: O achado mais frequente foi a HAS de repouso ou reativa ao esforço e esteve invariavelmente associada a outros fatores de risco, sendo o mais frequente a HF (90%), seguida de excesso de peso (68%), não sendo possível correlacionar o stress em ambiente de trabalho como fator isolado para o desenvolvimento de DCV. Os resultados sugerem que a aptidão física pode ser um protetor para o desenvolvimento de DCV em grupos com HF e submetidos a stress. Os autores chamam a atenção para a importância do exame periódico de saúde no diagnóstico e prevenção de doenças cardiovasculares especialmente em grupos selecionados. |