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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 107A Ressonância Magnética com Gadolínio Prevê a Evolução Tardia de Pacientes com Infarto do Miocárdio? Rodrigo Barretto, Ibraim Pinto, Ricardo Pavanello, Edson Romano, Simone Santos, Manuel Cano, Amanda Sousa, Adib Jatene, J. Eduardo Sousa. Hospital do Coração, ASS, São Paulo, SP.
Fundamentos: Trabalhos preliminares apontaram a ressonância magnética (RM) com gadolínio (GD) como capaz de identificar e quantificar a presença de miocárdio viável em pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM).Trabalhos mais recentes porém suscitaram controvérsia, em especial quanto a relevância destas informações para a evolução tardia destes casos. Objetivo: Avaliar a RM com GD como forma de estudar e prever a evolução tardia de pacientes com IAM. Delineamento: Estudo prospectivo, consecutivo. Pacientes: Analisamos 80 pacientes entre 01/91 e 01/93, submetidos à RM nas primeiras 72 horas após o início dos sintomas Métodos: A RM incluia séries spin eco antes e depois da injeção endovenosa de GD. O sinal foi medido imediatamente após a injeção de GD, considerando a área em risco como aquela com hiper-absorção do marcador. Nova medida foi feita 20 minutos após a infusão do GD, copnsiderando-se que existia viabilidade miocárdio na região que lavava o GD em período anterior a este. Nas duas ocasiões a área com hipersinal era quantificada por planimetria direta, calculando-se o percentual de viabilidade como a diferença entre as duas áreas, divididas pela área de hipersinal basal. No período tardio determinou-se a presença de angina, insuficiência cardíaca e óbito. Resultados: Existiram 8 óbitos intra-hospitalares, (viabilidade < 20% na parede infartada). Na evolução tardia (5,2 ± 1,4 anos), a incidência de insuficiência cardíaca em 8 pacientes e 5 óbitos, em pacientes com viabilidade de 16,6% e 13,4% da área infartada, respectivamente. Dos óbitos, 3 mostraram choque cardiogênico (viabilidade <5% da área do IAM). Conclusão: A área de viabilidade calculada pela RM com GD identificou pacientes com maior risco de desenvolver eventos adversos, tanto na evolução aguda como na tardia, podendo ser utilizada para estratificar o risco de pacientes com IAM. |