Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 136

Leonardo F Drumond, Bayard Gontijo, Mário Vrandecic, Fernando A Fantini, Juscelino Barbosa, Carla de Oliveira.

Biocor Instituto - Belo Horizonte - MG

Fundamento: O tratamento cirúrgico de doenças de aorta desenvolveu-se muito nos últimos 15 anos devido às melhoras técnicas e capacitação médico-hospitalar. No nosso país o conduto de pericárdio bovino tratado com glutaralaldeído tem sido usado para a reconstrução de aorta ascendente devido às suas propriedades hemostáticas, fácil manuseio e baixo custo.

Objetivo: Avaliar a durabilidade e eficácia do conduto em um período de 7 anos.

Delineamento: Estudo prospectivo de 7 anos de follow up clínico de Fevereiro de 89 até Dezembro de 96 em um grupo de 175 pacientes.

Pacientes: 175 pacientes, 53 (30,3%) feminino e 122 (69,7%) masculino. A idade variou de 7 à 80 anos (média de 53,5 anos ± 13,57). A principal etiologia foi dissecção aórtica aguda 53 (30,3%), dissecção aórtica crônica 36 (20,6%), ectasia ânulo aórtica 28 (16,0%), aneurisma aterosclerótico 21 (12,0%), disscção aórtica per-operatório 14 (8,0%), endocardite 6 (3,4%) , e outros.

Métodos: Circulação extra-corpórea convencional foi realizada em 113 (64,58%) pacientes e empregou-se hipotermia profunda com parada circulatória total em 62 (35,42%) pacientes. A técnica cirúrgica utilizada com conduto valvado em 82 pacientes (46,85%), conduto não valvado em 93 pacientes (53,14%). A mortalidade hospitalar foi de 26 pacientes (16,0%). O follow up foi realizado em 90 pacientes de 1mês à 7 anos. Reoperação ocorreu em 8 pacientes e mortalidade tardia ocorreu em 8 (8,8%) pacientes não relacionada ao conduto.

Conclusões: Através desse estudo nós podemos concluir que os condutos de pericárdio bovino têm demonstrado boa performance como substituto aórtico sem insucesso em um período de até 7 anos. Há também excelente hemostasia e boa coaptação tissular, fácil manuseio que simplifica o ato cirúrgico.