Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 140

Eduardo Augusto da S. Costa, Cláudio B. Ohashi, Márcio G. Guimarães, Renato F. Cardoso, Aluísio V. Trindade e Andréa do Socorro C. A. Souza

Departamentos de Cardiologia e Histologia da Universidade Federal do Pará - Belém - Pará.

Objetivo: Estudar o comportamento do Miocardio na Hipertrofia Ventricular Esquerda (HVE), induzida pelo Isoproterenol em ratos tratados com Valsartan (Antagonista do receptor AT₁ de Angiotensina II).

Material e Métodos: Foram utilizados 44 animais, ratos albinos wistar-EPM, com peso médio de 275g, divididos em quatro grupos de 11. O Grupo Controle (CON), o Grupo VAL (Valsartan 1,6mg/kg/dia), por gavagem durante 8 dias, o Grupo ISO (Isoproterenol 0,3mg/kg/dia), subcutâneo por 8 dias e o ISO-VAL (com doses de Isoproterenol e Valsartan idênticas aos grupos anteriores) por 8 dias. Após os períodos correspondentes, os animais dos vários grupos foram sacrificados. Em 8 animais de cada grupo foi medida a pressão arterial (PA) e o ventrículo esquerdo (VE) retirado para peso, 3 animais de cada grupo tiveram seus VE preparados para Microscópia de Luz.

Resultados: A PA não se elevou nos 4 Grupos; quanto ao peso, no Grupo ISO houve um aumento de 41,0% da Massa de VE, e no ISO-VAL de 29,0%. Na Microscopia de Luz aconteceu o aumento significante no tamanho das células do Grupo ISO, e em menor grau no ISO-VAL (p < 0,05). No Grupo ISO houve importante aumento na quantidade de Colágeno, e no ISO-VAL este aconteceu em escala intermediária entre o CON e o ISO.

Conclusão: 1. No modelo experimental utilizado não houve aumento da PA. 2. A HVE causada pelo Isoproterenol foi muito importante. 3. O Grupo do Valsartan teve diminuição da massa do VE. 4. O uso do Valsartan simultâneo com o Isoproterenol protegeu parcialmente a HVE e a produção de Colágeno do Tipo 1 desencadeada por este.