Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 158

Wesley D. S. Melo, Angelo A. V. de Paola, Ana Lucia N. Pereira, Vera Marques, Rosemeyre N. P. Neves, Eulógio Emílio Martinez.

UNIFESP - Escola Paulista de Medicina , São Paulo - SP

Fundamento: O mapeamento epicárdico de pacientes com taquicardia ventricular sustentada pode ser realizado através da circulação venosa coronariana, dependendo do número, calibre e anastomoses de suas veias. Os cateteres disponíveis para mapeamento epicárdico apresentam diâmetro de 1.5F (0.49mm) a 2.5 F(0.82mm).

Objetivo: Analisar quantitativa e qualitativamente as anastomoses presentes na circulação venosa coronariana em diferentes grupos de cardiopatia.

Paciente e métodos: Foram realizadas venografias superseletivas do coração em vinte e um pacientes com taquicardia ventricular sustentada com idades variando de 28 a 76 anos (média: 54.4), sendo 17 do sexo masculino. A amostra foi dividida em dois grupos: grupo 1 constituído de 16 pacientes com cardiopatia estrutural e o grupo 2 com cinco pacientes sem alterações estruturais aparentes. Foram analisados o número e o calibre das anastomoses através do método Cardiovascular Measurement System (QCA-CMS) version 3.0, utilizando imagens obtidas de projeções em oblíqua anterior esquerda (30° ou 45° ) e oblíqua anterior direita (30° ou 45° ). Para a análise estatística foram utilizados os testes de Mann-Whitney e "t" Student.

Conclusões: 1- Apesar do grupo sem cardiopatia estrutural apresentar menor número de anastomoses, o seu calibre foi significante maior em relação ao grupo com cardiopatia estrutural. 2- A cateterização das veias coronárias pode ser realizada pelos cateteres disponíveis para o mapeamento epicárdico. 3- A utilização das anastomoses venosas coronarianas amplia as possibilidades de mapeamento epicárdico em pacientes com taquicardia ventricular sustentada.