|
|
Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 167Aderência ao Tratamento de Pacientes dislipidêmicos Tratados em Ambulatório Especializado. Cristiani M. O. Nogueira, José Carlos Nicolau, Paulo Roberto Nogueira, Maria Auxiliadora F. V. Pinto. Instituto de Moléstias Cardiovasculares - São José do Rio Preto - SP.
Objetivo: a aderência ao tratamento se constitui em um dos pontos críticos na conduta de pacientes (pc) dislipidêmicos, e está diretamente relacionada ao sucesso do resultado final. O objetivo deste estudo foi analisar o problema em uma população de pacientes avaliados e orientados em ambulatório especializado. Casuística e Métodos: foram incluídos de maneira prospectiva e consecutiva 85 pc com idade média de 58,8 + 9,4 anos, 44 homens. Do total, obteve-se 35 pc em prevenção primária (PP) e os restantes 50 pc em prevenção secundária (PS). Todos os pc tiveram no mínimo 3 avaliações. Resultados: a) Análise da aderência à dieta e/ou condicionamento físico: o prazo médio de seguimento desta população foi de 159,6 + 30,8 dias. Dos 85 pc, 39 (45,9%) abandonaram o tratamento; dos 35 pc em PP a não aderência foi de 22 pc (62,9%), e na PS (50 pc) foi de 17 pc (34%, p=0,016, 95% IC 7,4 a 50%); b) Análise da aderência ao tratamento medicamentoso: o prazo médio de seguimento foi de 116,4 + 45,5 dias. Dos 53 pc (62,3%) aqui incluídos, 41 utilizaram estatinas, 20 fibratos, e 1 colestiramina (alguns utilizaram mais de 1 droga). No global, 3 dos 18 pc em PP (16,7%) e 6 dos 35 pc em PS (17,1%) suspenderam o tratamento (p=NS). Tampouco houve diferença significativa no que se refere às drogas utilizadas (14,6% no grupo estatina e 10% no grupo fibrato suspenderam o tratamento). Conclusões: em que pese a pequena casuística empregada, conclui-se que: a) indivíduos em PP têm aderência significativamente menor às mudanças de hábitos, em relação aos indivíduos em PS; b) em relação ao tratamento medicamentoso, não foram detectadas diferenças significativas nos grupos PP e PS. |