Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 177

Cirurgia de Revascularização Miocárdica (R.M.) em Octagenários no Período de 1990 a 1995.

Cláudia Gravina Taddei, Felício Savioli Neto, Jairo Borges, Carlos Camargo Luiz, Stela Carvalhaes, Leopoldo Piegas.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - São Paulo - SP

 

Objetivo: Analisar a evolução intra hospitalar de idosos octagenários submetidos a R.M. isolada, face à dificil tomada de decisão nesta faixa etária.

Material e Métodos: 45 idosos de 80 a 89 anos, submetidos a RM isolada de 1990 a 1995, sendo 18 mulheres (40%) e 27 homens (60%). Os principais diagnósticos pré-operatórios foram: angina instável (A.I.) (64%), IAM com menos de 60 dias (18%) IAM com mais de 60 dias (16%), angina estável (9%). As mulheres apresentavam mais A.I. que os homens (83,5% x 52% respectivamente).

Resultados: O tempo médio de circulação extracorpórea foi de 61 min. nas mulheres e de 75 min. nos homens. O tempo médio de anóxia foi de 42 min nas mulheres e de 52 min. nos homens. 53,3% apresentaram complicações durante a fase hospitalar sendo 55,6% entre as mulheres, e 51,9% entre os homens. As principais complicações foram: arritmia grave (24%), insuficiência respiratória (24,5%) e síndrome de baixo débito (13%), sendo que os homens apresentaram mais arritmia e as mulheres mais insuficiência respiratória. A mortalidade hospitalar foi 9%, sendo 11% em mulheres, e 7% em homens. As principais causas de óbito foram: AVC (4,4%) e insuficiência respiratória (4,4%).

Conclusão: A cirurgia de R.M. pode ser realizada em octagenários selecionados, com índice de mortalidade aceitável para a faixa etária. Esse índice é significantemente > no sexo feminino.