Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 179

Revascularização Percutânea Empregando Stent Coronário em Pacientes Idosos: Evolução Hospitalar e Tardia.

Marinella Centemero, Ibraim Pinto, Luiz Tanajura, Fausto Feres, Andrea Abizaid, Gustavo Ramalho, Rodrigo Sepetiba, Amanda Sousa, J. Eduardo Sousa.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP.

 

Fundamento: Os stents (ST) apresentam excelentes resultados em jovens (J), reduzindo as complicações imediatas (CI) e a reestenose. Entretanto, seu papel no tratamento de P idosos (I) não está ainda bem estabelecido.

Objetivo: Analisar os resultados imediatos e tardios (RT) de PI tratados com ST e compará-los aos de PJ.

Delineamento: Avaliação prospectiva de PI tratados com ST empregando a técnica de liberação ótima e utilização de aspirina e ticlopidina.

Paciente e Material: De 8/94 a 3/97, 837 P consecutivos tratados com ST foram divididos em 2 grupos (G): GI > 70a - 132 P e GII < 70a - 705 P.

Método: A evolução tardia foi feita por consultas, telefonemas ou cartas.

Resultados:

  GI (> 70a-132P) GII (< 70a-705P) p
Idade Média 74,4 a 54,9a  
Sexo Feminino (SF) 48 (36%) 142 (20%) 0,0001
Diabetes (DM) 33 (25%) 106 (15%) 0,005
Cirurgia Prévia (CP) 45 (34%) 120 (17%) 0,0001
Sucesso Primário 128 (97%) 698 (99%) NS
Infarto Agudo (IAM) 3 (2,2%) 3 (0,4%) 0,02
Cirurgia Emergência 0 2 (0,3%) NS
Óbito 0 1 (0,14%) NS
Oclusão Subaguda (OSA) 2 (1,5%) 1 (0,14%) 0,02

A evolução > 6 m de 80 P do GI e 461 P do GII revelou respectivamente: morte 1,25% x 0,43 (p=NS); IAM 1,25 x 0,86 (p=NS) e ATC / CIR em 20% x 16% (p=NS).

Conclusões: 1) Os PI apresentam perfil clínico de maior risco, porém o sucesso primário foi elevado (97%) e as CI foram baixas (IAM: 2,2% e OSA: 1,5%); 2) Os resultados tardios demonstram baixas taxas de eventos coronários (morte e IAM) e necessidade de revascularização adicional da lesão alvo, comparando-se favoravelmente ao PJ.