Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 193

Tratamento de obstruções coronárias longas com implante de stents longos

Celso K Takimura, Paulo R Soares, Miguel A.N.Rati, Antonio E Filho, Pedro E Horta, Marco A Perin, Donaldo P Garcia, Siguemituzo Arie, Giovanni Bellotti, Fulvio Pileggi.

Instituto do Coração do HCFMUSP - São Paulo - SP; Hospital Santa Cruz - São Paulo - SP

 

Fundamento: O emprego de stents (S) em lesões focais está associado com excelentes resultados imediatos e a longo prazo. O real valor e a melhor estratégia do tratamento de lesões longas (LL) com S não esta esclarecido.

Objetivo: Avaliar os resultados clínicos e angiográficos obtidos com o implante de S longos (> 20mm) para tratamento de LL (>20mm).

Delineamento: Estudo prospectivo.

Paciente ou Material: Entre Set/95 a Out/96 tratamos 97 pacientes (P), idade média de 63 anos, angina estável em 47P (48,4%), utilizando-se 106 S longos em 102 artérias nativas (CD 43, CX 17, DA 42) com extensão média da lesão de 27,04± 8,19mm. O implante foi eletivo em 79 lesões (76,6%).

Métodos: Análise clínica e angiográfica dos P tratados com implante de S longos em artérias nativas. Foram excluídos os casos de oclusão total.

Resultados: Sucesso do implante em 94P(97%), insucesso em 3P(3%). Sucesso clínico em 93P(96%) e insucesso em 4P(4%). Complicações: 1 oclusão subaguda (1%), 2 IAM (2%), 2 óbitos (2%). Análise quantitativa:

  PRÉ PÓS
% estenose 67,12± 15,19 16,75± 14,13
DLM (mm) 0,95± 0,36 2,53± 0,69
DR (mm) 3,09± 0,72 3,13± 0,81

Evolução clínica 5 a 18 meses após o implante mostra 67P(72,0%) assintomáticos e 16P(17,2%) com dor precordial. Foram reestudados até o momento 46S/44P (43,3% da amostra) detectando-se reestenose angiográfica em 20 S (20/46=43%).

Conclusão: O emprego de S longos em LL tem resultados imediatos satisfatórios. Maior período de observação é necessário para se avaliar a real taxa de reestenose clínica e angiográfica pós implante destes S.