Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 196

Lesões obstrutivas em pontes de safena; é possível tratar com Stents?

Mila Yugar, Lélio Silva, Expedito Ribeiro, Rinaldo Carneiro, Antônia Petrizzo, Amauri Guasquez, Mario Baptista, Bruno Machado, Ricardo Salvadori, Enio Buffolo.

Hospital Unicor - São Paulo

 

Objetivo: Análise dos resultados hospitalares dos pacientes(p) com cirurgia de RM prévia, com pontes de safena que foram tratadas com stents.

Material e métodos: Dos 462 p submetidos à implante de stent em nossa instituição, 32p foram tratados com stents na ponte de safena. 24p eram do sexo masculino(75%) e a idade média era de 63,1±9,6. O diagnóstico clínico era angina estável em 11p, angina instável em 15p e pós infarto agudo do miocardio( IAM) em 6p. 30p eram multiarteriais e as pontes tratadas foram para DA 6p, CD 5p e CIRCUNFLEXA 13p. Os stents utilizados foram JJ 14p, GR 6p, AVE 9p e outros 3p. Quanto ao comprimento foram utilizados stents maiores de 16mm em 21p. A pressão de hiperinsuflaçaõ utilizada foi de 13,9±3,1. Na grande maioria dos p empregamos a associação de ticlopidine e aspirina pós implante.

Resultados: Observamos sucesso angiográfico em todos p, mas sucesso clínico em 30p(93,7%). Na evolução hospitalar ocorreram IAM não Q em 3p e IAM Q em 1p pós oclusão sub-aguda do stent por impossibilidade de manter heparina por hemorragia digestiva severa no pós implante. Mais recentemente utilizamos ReoPro em 1p. A mortalidade foi de 1p(3,1%) e que ocorreu por AVC durante cirurgia de correção de complicação vascular na fase que se usava de rotina cumarínicos.

Conclusões: Os resultados mostram que os stents são eficientes e seguros no tratamento de lesões obstrutivas nas pontes de safenas. Entendemos que o uso de aspirina e ticlopidine vieram facilitar o manuseio pós implante e que possívelmente o uso de ReoPro poderá favorecer mais ainda o êmprego dos stents, com diminuição das chances de IAM não Q.