Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 201

Miguel Barbero-Marcial , Carla Tanamati , Vera D. Aiello , Edmar Atik , Angela Albuquerque , Adib D. Jatene .

Instituto do Coração - São Paulo - SP e Hospital Sírio Libanês - São Paulo-SP

Objetivo : Apresentar os aspectos técnico-cirúrgicos da correção dos defeitos do septo atrioventricular sem comunicação interatrial .

Delineamento : Estudo de série de casos

Material : Durante o período de 1987 a 1996 foram operados 17 casos de defeito do septo atrioventricular sem comunicação interatrial (CIA).

Métodos : Nos 3 primeiros casos a correção foi realizada com a abertura do átrio direito para ventriculoseptoplastia e abertura do átrio esquerdo para correção do cleft mitral , sendo que dois evoluíram para óbito por baixo débito cardíaco devido à insuficiência mitral . A partir de 1987 começamos a realizar a correção deste tipo de anomalia através da abertura do septo interatrial , transformando-o em uma forma de total de defeito do septo atrioventricular . A correção se faz então do modo habitual com a divisão da valva atrioventricular , fechamento da comunicação interventricular(CIV) através do átrio direito , reimplante das valvas na placa de pericárdio da CIV ,plastia da valva atrioventricular esquerda, fechamento da "comunicação interatrial" e por fim a plastia da valva atrioventricular direita . Operamos 14 pacientes através desta modificação técnica , com idade variável de 3 meses a 8 anos ( média de 14 meses ) .

Resultados : Houve 1 óbito , correspondendo a uma mortalidade de 8,3% . Todos os sobreviventes apresentam-se em classe funcional I , com insuficiência da valva esquerda discreta em 40% e moderada em 16%.

Conclusão : A correção dos defeitos do septo atrioventricular sem CIA através desta técnica permitiu uma melhor abordagem da valva esquerda , sem abertura do átrio esquerdo , com diminuição da mortalidade e da insuficiência pós operatória .