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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 204Correlação entre lactato sérico e evolução no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica. Jorge Ossanai Jr.; Claudia Ricachinevsky; Carla Pereira; Carmen M.V. Santos; Fernando Lucchese; Silvana Molossi Serviço de Cardiologia Pediátrica - Hospital São Francisco e UTI-Pediátrica (UTIP) da ISSCMPA
O papel do lactato sérico como valor preditivo no pós-operatório (PO) dos pacientes com cardiopatia congênita ainda não é bem estabelecido. O objetivo deste estudo é definir o papel do lactato no follow up ( primeiros 5 dias na UTIP) destes, correlacionando seus valores com a evolução clínica. Durante um período de 6 meses foram avaliados 61 admissões na UTIP de PO de cirurgia cardíaca, totalizando 59 pacientes: 30 masculinos e 29 femininos. As variáveis avaliadas foram: sexo, raça, peso, idade na admissão e no momento da cirurgia, diagnóstico cardíaco (acianótico ou cianótico), tipo de alta da UTIP (reoperação, alta para casa, óbito), tempo de perfusão (TP), tempo de clampeamento (TC), lactato (pré e PO imediato, 8 hs, 16 hs, 2º , 3º , 4º e 5º dias PO). Os dados foram analisados usando teste t de Student ou ANOVA, com p< 0,05 para significância estatística. Não foram encontradas diferenças significativas entre sexo, raça, peso, diagnóstico cardiológico, idade na admissão e no momento da cirurgia, TP E TC, circulação extra-corpórea (CEC) e tipo de alta da UTIP. Também não foram encontradas diferenças entre os valores de lactato de pré e PO imediato quanto a sexo, idade na admissão na UTIP, diagnóstico cardiológico, idade no momento da cirurgia, CEC, TP e TC. Houve diferença estatística entre o lactato na 8ª hora, no 2º e 3º dias de PO e o tipo de alta da UTIP nos pacientes submetidos à cirurgia com CEC (quanto pior a evolução, maior o lactato), diferentemente dos sem CEC. Do mesmo modo, o TP correlacionou-se com o tipo de alta (quanto maior o tempo, maior a relação com óbito ou reoperação com p< 0,05), mas não foram observadas diferenças entre o TC e a alta da UTIP. Houve diferença estatística entre o diagnóstico cardiológico e o tipo de alta da UTIP: pacientes cianóticos correlacionaram-se com maior risco de reoperação e óbito. Concluímos que o lactato sérico correlaciona-se com a evolução do paciente em pós-operatório de cirurgia cardíaca a partir do 3º dia, pricipalmente naqueles em recuperação de cirurgia com CEC. |