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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 225Adaptação Cardíaca à Sobrecarga Crônica de Pressão na Ausência de Hipertrofia Beatriz B Matsubara, Leonardo A M Zornoff, Gisele M Santos, Elenize Jamas, Vitor M Souza, Luiz S Matsubara. Dep. de Clínica Médica, Faculdade de Medicina - UNESP, Botucatu, SP.
Fundamento: A hipertrofia miocárdica é o principal mecanismo de adaptação do ventrículo esquerdo (VE) à hipertensão arterial sistêmica (HAS). No entanto, a ausência de hipertrofia é observada em muitos casos. Objetivo: Analisar os mecanismos de adaptação do VE à HAS na ausência de hipertrofia. Métodos: Vinte ratos Wistar (200g) receberam L-NAME (inibidor da síntese de óxido nítrico, 100 mg/kg/dia, VO) e desenvolveram HAS sem hipertrofia cardíaca. A função ventricular foi estudada após 8 semanas de evolução, utilizando-se a técnica de Langendorff. A dosagem de hidroxiprolina (HOP) indicou a quantidade de colágeno no miocárdio. Os resultados foram comparados com grupo de ratos normotensos, não tratados (CONT, n=20). Resultados: A análise das curvas diastólicas stress-deformação do VE indicou maior elasticidade miocárdica no grupo L-NAME. Outros resultados são apresentados abaixo (média± desvio padrão ou mediana):
#: mediana, PC: peso corporal, V0: volume do VE quando a pré-carga é nula
*p<0,05 vs. CONT, PAS: pressão arterial sistólica, PVE: pressão máxima isovolumétrica do VE, s S: stress desenvolvido máximo, e 15: deformação miocárdica quando a pré-carga é de 15 g/cm2. Conclusão: Na ausência de hipertrofia, a adaptação do VE à sobrecarga de pressão requer redução da câmara e aumento da elasticidade do miocárdio. A maior capacidade de gerar pressão pode estar relacionada com o maior estiramento diastólico do músculo. CNPq: 301028/95 FAPESP: 95/3830-4 |