Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 244

Comparação Entre Transmissão Transtelefônica Convencional e Celular de Eletrocardiogramas Obtidos por Registradores de Eventos

Moacir Alves Filho, Mauricio Schirmer, Claudio M. Medeiros, Leandro I. Zimerman

Laboratorio de Cardiologia Diagnostika, H. Moinhos de Vento, Porto Alegre, RS

 

Fundamento: A transmissão transtelefônica de eletrocardiogramas obtidos por registradores de eventos é de grande valia no diagnóstico de arritmias eventuais. O uso de telefones celulares poderia agilizar o processo. Resultados preliminares (Reblampa 1996;9:178) mostravam tendência de maior número de traçados com problemas no grupo com transmissão por telefone celular.

Objetivo: Comparar a qualidade dos traçados transmitidos por telefones celulares e convencionais

Métodos: Cento e cinqüenta e cinco traçados eletrocardiográficos obtidos em registrador de eventos (King of the Heart Express, Instromedix, Oregon, EUA) foram transmitidos por linhas telefônicas convencional e celular a uma central de recepção. Os telefones celulares usados foram de diferentes marcas (Motorola, Gradiente, Nokia e Ericson). A intensidade do sinal do telefone celular foi registrada e a ordem das transmissões randomizada. Os trezentos e dez traçados transmitidos foram analisados de modo cego por um dos autores e a qualidade da transmissão recebeu um escore de 0 a 5 (0 - não interpretável; 1 - parcialmente não interpretável; 2 - regular; 3 - bom; 4 - muito bom; 5 - excelente). A média dos escores e o número de traçados com escore 0 e 1 (parcial ou totalmente não interpretável foram comparados).

Resultados: O valor médio do escore de qualidade obtido nos traçados foi de 3,5± 1,5. A intensidade do sinal do telefone celular durante as transmissões foi de 4,1± 1,2 sobre 5. Os escores médios obtidos foram 3,4± 1,4 e 3,6± 1,6, para as transmissões por telefones convencionais e celulares, respectivamente (p=0,22). O número de traçados com escores 0 e 1 foram 14 e 20 para os grupos com transmissão convencional e celular, respectivamente (p=0,5).

Conclusão: A qualidade dos traçados e o número de traçados eletrocardiográficos parcial ou totalmente não interpretáveis obtidos por linhas convencional e celulare são similares.