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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 261
Relação Entre a Placa Residual Medida pelo Ultra-som Intracoronário e o Resultado
Angiográfico Tardio de Pacientes Submetidos ao Implante do Stent de Palmaz-Schatz.
Ibraim Pinto, Fausto Feres, Luiz A. Mattos, Luiz F. Tanajura, Gilberto Nunes, Galo
Maldonado, Aurea Chaves, Amanda Sousa, J. Eduardo Sousa.
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP.
Fundamento: Há controvérsia a respeito da importância da placa residual medida
pelo ultra-som intravascular (USIC) sobre a evolução tardia de pacientes tratados com
implante do stent de Palmaz Schatz.
Objetivo: Esclarecer a importância da placa residual, medida pelo USIC, sobre a
evolução tardia de pacientes submetidos ao implante ótimo do stent de Palmaz-Schatz.
Delineamento: Estudo prospectivo, consecutivo, descritivo.
Pacientes: Analisamos 50 pacientes submetidos ao implante ótimo do stent de
Palmaz-Schatz, entre 01/95 e 03/95.
Métodos: Incluimo pacientes submetidos a implante ótimo (lesão residual <
10%), de um único stent, em lesão primária, de pacientes com doença coronária
uniarterial. O procedimento foi guiado pela angiografia quantitativa e ao final era
realizado o USIC que avaliou a simetria do stent, a aposição das hastes contra a parede
do vaso, além da placa residual (área entre a membrana elástica externa e as hastes do
stent, medida por planimetria direta). Só foram incluidos pacientes que mostravam plena
simetria dos stents além de aposição total das hastes das próteses em mais que 90% da
superfície do stent. Ao final de 6 meses, todos pacientes foram submetidos a reestudo
angiográfico, definindo-se reestenose como o retorno de uma lesão> 50% pela
angiografia quantitativa.
Resultados: No reestudo tardio havia reestenose em 11 pacientes. O diâmetro de
referência (3,4 versus 3,35 mm) o diâmetro mínimo da luz no ínicio (0,8 versus 0,9 mm)
e ao final do procedimento (3,31 versus 3,23 mm) era semelhante nos pacientes com e sem
reestenose, respectivamente. O USIC porém mostrava placa residual de 7,4 mm2
no grupo com reestenose e de 4,1 mm2 no grupo sem reestenose (p=0,04).
Conclusão: Os sutores concluem que a presença de elevada placa residual após o
implante ótimo de stents representa um fator de pior prognóstico tardio, a despeito de
resultados angiográficos de excelência.
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