Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 268
Função Ventricular Esquerda após Recanalização por Angioplastia de Coronárias
Cronicamente Ocluídas.
Carlos A.M. Gottschall, Ibsen Trindade, Vasco M. Miller
Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul / FUC. Porto Alegre, RS.
Objetivos: Demonstrar modificação da função do VE pós desobstrução de
coronárias cronicamente ocluídas em pacientes (P) angionosos e infartados.
Casuística: Quarenta e seis P (21 anginosos e 25 infartados) com oclusão crônica
de uma coronária e circulação colateral para a parte distal da artéria ocluída (30
DA, 10 CD e 6 CX homogeneamente distribuídas em ambos os grupos) foram estudados
angiograficamente antes e em média 6 meses após angioplastia por balão. Os P foram
divididos em seis subgrupos: A) Angina pectoris, sem importar oresultado da
recanalização (AP; n=21); B) Infarto do miocárdio, ídem (IM; n=25); C) AP com sucesso
na recanalização e coronária tratada aberta (CA) > 50% no controle (n=13); D) AP sem
sucesso na recanalização ou coronária tratada fechada (CF) no controle (n=8); E) IM com
sucesso na recanalização e CA > 50% no controle (n=8); F) IM sem sucesso na
recanalização ou CF no controle (n=17).
Métodos: Em todos foram medidos, durante o procedimento e no controle de seis
meses, Pd2 do VE, Fração de ejeção (FE), Encurtamento segmentar (ES),
apical e ântero-inferior e Fração de encurtamento mínimo (FEM) da parede em direção
ao centro da cavidade, sendo a ventriculografia realizada em OAD 35o., antes da
coronariografia, num aparelho Philips Polydiagnostic C DCI. Aplicou-se o teste t de
Student para comparar as modificações em cada grupo, considerando-se significantes
valores de p igual ou menores que 5%.
Resultados: Foram diferentes, antes e no controle, somente no subgrupo C: FE [58.4 ± 12.3 e 69.0 ± 12.4%;p=0.003]; ES [16.3
± 8.4 e 25.4 ± 8.2%;p=0.005]; FEM
[14.7 ± 15.1 e 27.9 ±
18.0%;p=0.0001]. Nos outros subgrupos não houve diferenças entre antes da
recanalização e controle.
Conclusões (p < 0,05): 1) recanalização de coronária cronicamente ocluída
melhora a função contrátil do ventrículo esquerdo na presença de miocárdio viável;
2) a FEM é a mais sensível entre as medidas estudadas no sentido de separar pacientes
com miocádrio viável de pacientes sem miocárdio viável após recanalização
coronariana com sucesso.
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