|
|
Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 287 Ecocardiografia Transesofágica comparada com achados anatômicos em pacientes com suspeita de Dissecção de Aorta. David Pamplona, Caio Cesar J Medeiros, Paulo R N Viecili, João F M Ferreira, Alvaro V Moraes, Giovanni Bellotti. Instituto do Coração HCFMUSP - São Paulo/SP Fundamento: a dissecção de aorta (DA) constitui-se em evento catastrófico com mortalidade de 1% por hora em casos não tratados, tornando-se imperativo a rapidez e precisão nas abordagens diagnóstica e terapêutica. Esta atitude deve ser baseada em método diagnóstico sensível e específico com o mínimo de invasão do paciente, que é o caso da ecocardiografia transesofágica.(ETE) Objetivo: correlacionar achados da ETE com os achados anatômicos obtidos através da cirurgia ou necropsia em 92 pacientes(pts) com suspeita clínica de DA, visando estabelecer a acurácia da ETE no diagnóstico, localização e na detecção das complicações, identificando as causas de erro. Delineamento: estudo prospectivo, estudo de caso e controle. Pacientes e Métodos: estudamos 92 pcts com suspeita clínica de DA, sendo 85 (70.6%) homens, com idade média de 57.6± 3.5 anos (15-80), nos quais foi possível obter informações anatômicas por cirurgia ou necropsia. A presença de falso lume, local de entrada e reentrada, trombo, hematoma intramural, derrame pericárdico, acometimento da valva aórtica e envolvimento coronário foram comparados com os achados da ETE. Resultados: a DA foi anatomicamente confirmada em 68 (74%) pcts, sendo 55 do tipo A e 13 do tipo B (classificação de Dailly). O ETE identificou 71 (77.2%) casos de DA (58 do tipo A e 13 do tipo B). A sensibilidade do ETE foi de 100%, especificidade de 87.5%, os valores preditivos respectivamente: positivo 95.8%, negativo 100% e acurácia de 96.7% . A identificação dos orifícios de entrada e reentrada foi de 56 / 71 casos, com apenas 18 um orifício, 27 dois, em 11 três ou quatro; sensibilidade 74,1%, especificidade de 100%, acurácia de 82.5%, com 7 casos de falso negativos. Erros no diagnóstico ou na extensão deveu-se a presença de placas ateroscleróticas, dilatação e tortuosidade da aorta. Conclusão: O ETE tem excelente sensilbilidade e acurácia no diagnóstico da DA confirmada pelos achados anatômicos, sendo a presença de tortuosidades e placas ateromatosas causas potenciais de erro diagnóstico. |