Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 291

Ecocardiograma em Ratos com Estenose Aórtica Supravalvar

Katashi Okoshi, Beatriz B Matsubara, Marina P Okoshi, Giancarlo Gonçalves, José C Georgette, Antonio C Cicogna.

Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, Botucatu, SP.

 

Fundamento: O estudo morfo-funcional do coração de ratos só era possível após o sacrifício dos animais. Os trabalhos iniciais com ecocardiograma mostraram que este método não invasivo é promissor no estudo in vivo de ratos; porém, poucas são as publicações até o momento.

Objetivo: Avaliar a utilidade do ecocardiograma na detecção de alterações morfológicas e funcionais em ratos com estenose aórtica supravalvar (EAo).

Material e Métodos: Oito ratos Wistar machos (60-70g) foram submetidos à bandagem aórtica supravalvar por meio de clip de prata (0,6 mm de diâmetro interno). Oito semanas após o procedimento cirúrgico foi realizado ecocardiograma transtorácico sob efeito de anestesia geral (cloridrato de ketamina - 50 mg/kg, IM). Os resultados foram comparados com grupo de ratos não operados (CONT).

Resultados: São apresentados os valores médios e os desvios padrão:

1-Variáveis morfométricas:

  IMVE(mg/g) AE(mm) hD(mm) hD/DDVE
CONT 2,01± 0,51 3,47± 1,26 1,47± 0,14 0,19± 0,02
EAo 3,25± 0,70* 5,77± 1,43* 2,23± 0,20* 0,34± 0,10*

IMVE: índice de massa do ventrículo esquerdo; AE: átrio esquerdo; hD: espessura diatólica da parede do VE; hD/DDVE: razão diastólica espessura da parede/diâmetro do VE; *p<0,05 vs CONT.

2-Variáveis funcionais:

  FC(bpm) FE %D D
CONT 344± 67 0,90± 0,03 54± 5,0
EAo 277± 35* 0,97± 0,02* 70± 8,2*

FC: frequência cardíaca; FE: fração de ejeção; %D D: porcentagem de variação do diâmetro; *p<0,05 vs CONT.

Conclusão: O ecocardiograma transtorácico de ratos permite detectar in vivo as alterações morfológicas e funcionais cardíacas secundárias à sobrecarga crônica de pressão.