Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 292

Recursos Humanos e Capacidade Instalada em Cardiologia no Brasil

Marcus V. de A. e Maciel, Mônica R. Campos

Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva - UFRJ , Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recursos Humanos em Saúde - FIOCRUZ - Rio de Janeiro /RJ

 

Jollis, J.G. et al (NEJM,1996;v335,n25:1880-1887) descreveram que cardiologistas conseguem melhores resultados no manuseio de pacientes com afecções cardíacas que médicos de outras especialidades, o que sugere que a distribuição de cardiologistas e hospitais com tal atendimento no Brasil afetaria a qualidade de saúde de pacientes cardiopatas.

Este trabalho tem como objetivo investigar as relações entre número de internações em doenças cardíacas, os hospitais que as atenderam e o número de cardiologistas em cada região do Brasil, a fim de descrever a distribuição e avaliar sua adequação via recursos humanos (RH) e capacidade hospitalar instalada (CH) em Cardiologia.

Tal estudo é de caráter descritivo, utilizando-se de dados colhidos das seguintes fontes: Todos os formulários reduzidos de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) do SUS e hospitais conveniados em 1995 e a pesquisa "Perfil dos Médicos no Brasil" de 1995.

Foram apuradas 862.997 internações com diagnóstico principal de doença cardíaca no Brasil e suas relações com os 8859 cardiologistas e 5349 hospitais responsáveis pelas AIH em 1995,segundo sua localização regional.

A região sudeste apresentou a maior relação de internações por hospital 267(Int/H), enquanto a região Norte apresentou a menor (72). Para cada cardiologista do Sudeste houve 71 internações em média, no Norte a relação sobe para 200 Int/Cardiologista.

Baseados nas proporções expostas no gráfico ao lado e nas informações

citadas de forma resumida anteriormente é possivel traçar-se um panorama da distribuição regional de RH e CH em doenças do coração no Brasil.