|
Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 296
Análise da avaliação pré-operatória ambulatorial de risco cardiovascular e seu
impacto na evolução peri e pós operatória.
André Schmidt, Alessandro G. Iglesias, Fabiana Marques, Antônio Pazin-Filho,
Marcus V. Simões, José A. Marin Neto, Benedito C. Maciel
Divisão de Cardiologia, Faculdade de Medicina de Rib. Preto-USP, Ribeirão Preto,
SP.
Ainda que a avaliação de risco cirúrgico seja frequentemente solicitada na clínica
cardiológica,verifica-se grande variabilidade na sua indicação e nos critérios
utilizados para determinar o risco cardiovascular.
Em um hospital-escola, foi analisada a demanda de ambulatório específico para este
fim, correlacionando-se os diversos critérios em uso e a ocorrência de complicações
peri e pós operatórias, comparando-se os pacientes submetidos a avaliação
pré-operatória (APO) com aqueles em que esta avaliação não foi solicitada.
Foram analisados retrospectivamente os prontuários de 1264 pacientes maiores de 14
anos submetidos a cirurgia não-cardíaca no HC-FMRP no período de agosto a dezembro de
1996. Destes, 178 (14,08%) foram submetidos à avaliação cardiovascular prévia.
Cirurgias eletivas corresponderam a 97,78% do total, sendo 37% de grande porte (12% com
APO) , 50,5% de médio(16,9% com APO) e 12,42% (8,9% com APO)de pequeno porte. Em 91% das
cirurgias não ocorreram complicações, e 2,7% (35 pacientes) tiveram complicações
graves( choque, taquicardia ventricular, parada cárdio-respiratória ou óbito), tendo 10
deles sido submetidos a APO. Complicações foram mais frequentes em indivíduos maiores
de 60 anos. Dos pacientes com cardiopatia suspeitada ou conhecida, somente 54,14% foram
avaliados, e apenas 23% dos pacientes da Cirurgia Vascular, portadores frequentes de
coronariopatia associada fizeram APO.
Conclusão: a APO ainda é utilizada inadequadamente em um hospital de
ensino, que dispõe deste serviço rotineiramente.
|
|