Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 320

Intervenção Coronária em Pacientes Diabéticos: Evolução Hospitalar e Tardia Após o Implante de Stents.

Áurea Chaves, Luiz A. Mattos, Marinella Centemero, Ibraim Pinto, Gilberto Nunes, Rodrigo Sepetiba, Cláudia Mattos, Amanda Sousa, J.Eduardo Sousa

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - São Paulo - SP

 

Fundamento: Pacientes (P) diabéticos (D) submetidos à ATC, mostram evolução clínica menos favorável quando comparados aos não-diabéticos (ND). Estudos recentes têm demonstrado resultados superiores quando estes P são tratados com a cirurgia de revascularização miocárdica.

Objetivo: Determinar qual é a influência do diabetes na evolução clínica de P submetidos ao novo método de revascularização percutânea, os stents coronários(SC).

Delineamento: Análise retrospectiva de uma série de pacientes consecutivos.

Material e Métodos: No período de 10/91 a 03/97, 910 P foram submetidos à implante planejado de SC. Destes, 129 eram D. Comparamos entre os dois grupos (D x ND) as características clínicas, angiográficas, assim como a ocorrência de complicações maiores hospitalares. A evolução tardia foi obtida dos 375P se submeteram a reestudo angiográfico no 6º mês.

Resultados: Os D mostraram ser significantemente mais velhos (60 x 57a) e do sexo feminino (30 x 19%), com maior incidência de doença multiarterial (31 x 18%) e cirurgia prévia (28 x 19%).

Evol.Hospitalar Óbito IAM Cirurgia Sucesso
D (n=129) 0,8% 4,6% * 1,5% 93,8%
ND (n=781) 0,1% 0,9% 1,3% 97,0%
Evol.Tardia Óbito IAM RLA  
D (n=51) 5,8% * 0 29,4%  
ND (n=322) 0,6% 0,9% 27,4%  

* P < 0,05 RLA = revascularização da lesão alvo

Conclusão: O implante eletivo de SC em D, pode ser realizado com um sucesso do procedimento comparável aos ND. Contudo, os D exibiram maior incidência de IAM hospitalar e óbito tardio, fato provavelmente relacionado ao perfil clínico e angiográfico mais grave dos mesmos.