Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 322

Stents Coronários em Mulheres: Evolução Clínica Hospitalar e Tardia.

Áurea Chaves, Luiz F. Tanajura, Gilberto Nunes, Luiz A. Mattos, Marinella Centemero, Jesus Gomez, Edgard Victor, Amanda Sousa, J. Eduardo Sousa.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - São Paulo -SP

 

Fundamento: Pacientes do sexo feminino que se submetem à ATC, cursam com maiores cifras de morbimortalidade quando comparadas ao sexo masculino.

Objetivo: Determinar o impacto do implante do stent coronário em mulheres (M), analisando os resultados imediatos e tardios.

Delineamento: Análise retrospectiva de uma série de pacientes consecutivos.

Pacientes e Métodos: O grupo analisado, foi constituido por 927 pacientes consecutivos (201 M x 726 H) submetidos à implante de stent coronário eletivo, na qual comparamos o perfil clínico, angiográfico e a ocorrência de complicações hospitalares. A evolução clínica tardia foi aferida nos 379 pacientes que se submeteram à reestudo no 6º mês.

Resultados: As mulheres mostraram ser significantemente mais velhas (60 x 57a), com maior incidência de hiperetensão arterial (61 x 51%) e diabetes (20 x 14%), mas com menor percentual de tabagismo (26 x 42%).

Evol. Hospitalar Óbito IAM Cirurgia Sucesso
M (n=201) 0,5% 3,0% 1,5% 94,%
H (n=726) 0,1% 0,9% 1,2% 97%
Evol. Tardia RLA Livre de Eventos    
M (n=82) 25,6% 71,9%    
H (n=297) 29,2% 68,0%    

p = NS RLA = revascularização da lesão alvo

Conclusão: As mulheres não mostraram diferenças nos eventos hospitalares e tardios em relação aos homens, mesmo apresentando perfil clínico mais grave. Assim os stents coronários parecem igualar a eficácia do tratamento percutâneo entre os sexos.